Diocese de Santo André

De que maneira posso ajudar um dependente químico?

A vida acontece num processo contínuo, é movimento, é mudança. O dependente químico, para mudar, precisa se sentir pronto e decidido pela transformação. O modelo dos estágios de mudança (a pré-contemplação, a contemplação, a preparação, a ação, a manutenção e a recaída) é uma das muitas formas usadas no tratamento da saúde mental para preparar alguém para a transformação. De modo geral, há cinco princípios norteadores para a abordagem motivacional:

  1. Expressar empatia

Por meio de uma escuta reflexiva, você acolhe e compreende o ponto de vista do outro sem necessariamente concordar com ele. Frases como “entendo o que você diz” ou “partindo do seu ponto de vista” são valiosos instrumentos a serem usados nesse princípio.

  1. Desenvolver a discrepância

Mostre a diferença entre seu comportamento, suas metas e o que ele pensa que deveria fazer para alcançá-las. Em meu consultório, costumo usar a figura do “caminho”, ilustrando onde ele está agora, onde quer chegar, qual o melhor trajeto a percorrer para atingir o ponto de chegada.

  1. Evitar a confrontação

A pessoa deve ser sempre “convidada a pensar sobre o assunto”. Faça uso de perguntas como: O que você pensa sobre isso? Podemos pensar juntos em um plano de mudanças de hábito?

  1. Lidar com a resistência

Aquele que precisa de nossa ajuda pode resistir às sugestões ou propostas que você fizer. Seja compreensivo e aguarde vir dele a decisão de quando e como mudar. Forneça informações que o ajude a considerar novas e diferentes alternativas. Exemplificando, ao abordar alguém que faz uso abusivo ou nocivo de álcool, esclareço sobre os danos do consumo de alto risco, as doses de bebidas consideradas seguras pelos especialistas e a diferença no teor de álcool que cada bebida contém. Aguardo que ele me interrogue: “O que fazer e como parar?”.

  1. Fortalecer a autoeficácia

Esse princípio está relacionado à motivação da fé que a pessoa tem em si mesma, em sua capacidade de mudança. Encorajar e estimular cada passo são atos importantes para que ela se sinta fortalecida e permaneça firme no decorrer do caminho.

Após nos aprofundarmos nesses princípios, vamos refletir sobre o primeiro estágio, que é a pré-contemplação. Nele, a pessoa não considera ruim o uso que faz da substância. É aquele usuário feliz, que não vê seu comportamento como um risco para a sua saúde, de seus familiares e da sociedade. O que fazer nesse estágio? A informação ainda é o melhor instrumento a ser utilizado. Conscientizemos e esclareçamos sem nos impor. Deixemos o primeiro passo partir dele. Depois, façamos recomendações ou o motivemos em estratégias para reduzir ou cessar o consumo. Esse será o ponto de partida da próxima etapa: a contemplação. Por enquanto, resta-nos observar o discreto movimento do rolar da pedra.

Fonte: Canção Nova

Compartilhe:

Conselho Feminino Diocesano aprofunda o compromisso com a vida diante do avanço do feminicídio

JORNAL DO GRANDE ABC

Planejamento da Pastoral Familiar marca início dos trabalhos da nova comissão diocesana

Seminaristas encerram o ano formativo com missa na Paróquia Cristo Rei, em Diadema

nomeacoes

Nomeações e provisões – 03/12/2025

Agentes da Pastoral do Dízimo renovam o compromisso de fé em missa diocesana

Paróquia Santo Arnaldo Janssen celebra inauguração da Capela Nossa Senhora da Rosa Mística no Taboão

Matriz de Santo André é dedicada em festa do padroeiro diocesano

Assembleia Diocesana da Catequese aprofunda Diretório e reforça missão dos catequistas

POR UMA ECOLOGIA INTEGRAL