O bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, retornou mais uma vez à região do Bairro Casa Grande e Jardim Marilene, em Diadema, na tarde de terça-feira, (17/10), para conhecer mais de perto a realidade desta região que tem apresentado uma forte necessidade dos serviços de uma nova paróquia.
A visita foi acompanhada dos sacerdotes, Padre Julio Miguel da Silva, CSsR, pároco da Paróquia Menino Jesus, e Padre Guilherme Sanches Melo, secretário episcopal, e terminou com a reunião com os coordenadores dos CPPs (Conselho Paroquial de Pastoral), no salão da paróquia matriz, na Rua Luís de Vasconcelos, 100, Jardim Marilene, em Diadema.
Os dirigentes paroquiais ouviram a explicação de Dom Pedro de que “não se trata de divisão, mas sim de geração. É como uma mãe que anuncia que vai gerar um filho. Desta comunidade vai nascer uma paróquia. Fruto do aprendizado da caminhada das Visitas Missionárias Pastorais, fruto do diálogo com os padres da Região Pastoral Diadema, fruto do diálogo com os padres consultores da Diocese, fruto do diálogo na Reunião do Clero, e fruto da pesquisa encomendada para conhecer a realidade das sete cidades do Grande ABC, por ocasião do início do Sínodo Diocesano, no final do ano passado”.
Respondendo as indagações dos coordenadores dos CPPs, Dom Pedro refletiu que “a pesquisa apontou, por exemplo, que São Caetano do Sul, com pouco mais de 140 mil habitantes possui onze paróquias. E que Diadema com mais de 400 mil moradores, só possui nove. É uma disparidade muito grande e que precisa ser revista”, apontou o bispo.
Em sua análise, Dom Pedro explicou que “a Diocese tem hoje paróquias nos locais mais antigos, mas nos bairros mais novos, que surgiram mais recentemente, existe uma falta muito grande de paróquias. A distância entre elas tem ficado muito grande. Hoje as pessoas gastam muito tempo para sair de suas comunidades e ir até a igreja matriz a qual pertencem. Chegam a gastar dinheiro com passagens de ônibus. É para facilitar a vida dos fiéis, que se faz necessário criar mais paróquias. E esta região do Bairro Casa Grande é uma destas que apresentam mais necessidades”, pontuou.
Quase Paróquia
A Igreja Católica tem um nome para definir esta transição de capela para paróquia, são as Quase Paróquias, uma instituição da Igreja para que estas paróquias comecem com tranqüilidade e possam ir crescendo aos poucos.
A comunidade que viverá esta transição é a Capela Nossa Senhora Aparecida, com sede na Rua Santo Antonio de Pádua, 168, no Bairro Casa Grande, que já tem 30 anos de caminhada evangelizadora. Trata-se de uma construção grande, localizada em uma rua larga, e que já possui uma estrutura edificada de paróquia. São dois grandes salões, diversas salas para atender as pastorais, e até um quintal com árvores.
Esta paróquia vai nascer com três capelas em sua base territorial. São elas as comunidades da Capela Sagrado Coração de Jesus, na Rua da Ocupação, Travessa Sagrado Coração de Jesus, 03, no Bairro Cazuza, Capela Nossa Senhora Aparecida, na Rua Cândido Portinari, 398, no Jardim Portinari e a Capela São Judas Tadeu, na Rua João Batista, 84, no Bairro Ivo.
Vão permanecer na base territorial da Paróquia Menino Jesus as comunidades das capelas: Maria de Nazaré, São Paulo Apóstolo, Nossa Senhora Aparecida, Santa Rita de Cássia e Imaculada Conceição.
A nova paróquia, não tem data fixa para ser instalada, mas deve ocorrer ainda este ano. O seu primeiro pároco será, após a nomeação pelo bispo diocesano, o Padre Odair Ângelo Agostin, que há três décadas evangeliza nas comunidades da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, também em Diadema.