Diocese de Santo André

Com peça de Mozart, Corais Diocesano e Santa Bernadette emocionam público na Diocese de Santo André

Apresentação ocorrida na noite de domingo (16/12), resgatou obra do compositor austríaco de música clássica, imortalizada há mais de dois séculos, que foi executada no espaço interno da Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade andreense

 

“A consciência de que nas dificuldades podemos sempre nos dirigirmos ao Senhor e que Ele jamais recusa nossas invocações é um grande motivo de alegria”. A reflexão do Papa Francisco proferida antes oração do Ângelus no terceiro domingo do Advento nos convida a reforçarmos nossa fé, esperança e coragem para vencermos os desafios do cotidiano.

E se a música é considerada o alimento da alma, nada melhor do que um momento inspirador para os corações e pioneiro na Diocese, como o ocorrido na noite dominical de 16 de dezembro, protagonizado pelos Corais Diocesano e Santa Bernadette, logo após a missa noturna celebrada pelo padre Joel Nery, na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro de Santo André.

Sob a regência do maestro Diego Muniz, a peça ‘Missa Brevis’ em Ré Menor K.65,  obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), oriunda do século XVIII, foi executada em torno de 50 minutos, cujo programa teve início com o Salmo 150 (Pe João Lyrio Tallarico – séc.XX), Alma de Cristo (Oração atribuída a Santo Inácio Loiola – séc.XIV, Frisina/Dias – séc.XX) e Ave Verum Corpus (Hino eucarístico atribuído ao Papa Inocêncio VI – séc.XIV, Mozart – séc.XVIII), antes de iniciar os atos da ‘missa curta’ com Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei.

O bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, também esteve presente no evento.

Programa em família

Da vizinha São Bernardo do Campo, a estudante Isabel Ribeiro Delbon, 18 anos, fez questão de prestigiar a mãe Lídia Ribeiro Delbon, 38 anos, e a tia Ana Lúcia Farias dos Santos, 41 anos, que integram o Coral Diocesano. “Amei. Venho sempre assistir e prestigiar quando possível”, revela, ao lado do amigo Gustavo Vasconcelos, 19 anos.

“A apresentação foi muito bonita. Achei bem animada. O público estava bem entusiasmado”, conta Gustavo, que também trouxe o irmão Murilo Vasconcelos de Oliveira, 8 anos, ao concerto musical. “Foi muito legal”, exclama.

A soprano (voz aguda e com maior alcance vocal) Lídia não escondeu as lágrimas em contar com familiares e amigos presentes, ao constatar a presença de Deus e a sinergia entre público e o grupo de cantores no altar da Catedral.

“Fechávamos os olhos e sentíamos a reação das pessoas. (Elas) Sentiam o sabor da música. Lá em cima não tem como não ficar (emocionada). A tensão de cantar, de seguir (o roteiro)… A parte que fiquei mais emocionada foi ‘Ave Verum’, que já fiz esse repertório com outro coro”, sintetiza a dona-de-casa, que integra o Coral há quase dois anos.

Por outro lado, a irmã Ana Lúcia é uma das mais recentes aquisições do grupo. “Sou uma das novatas. Estou desde o meio do ano (de 2018) aqui no Coral”, atesta, de maneira descontraída, a professora.

“Se preparamos e nos empenhamos muito ao longo do segundo semestre e quando observamos o resultado final, o êxito do nosso trabalho, de certa forma é motivo de felicidade”, frisa a contralto, a voz feminina mais grave.

Experiência e aprendizado

Remanescente da primeira formação do Coral Diocesano, o baixo (voz mais grave) Luiz Fernando Kling, 58 anos, demonstrou surpresa e satisfação com o momento.

“Nunca imaginaria que estaria cantando (uma obra) de Mozart. Não imaginaria que seria desse nível. Sempre cantamos na igreja São João Batista (no Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo), repertórios da música sacra. Mas foi surpreendente e agradável”, evidencia o vendedor, ao dizer que muito do sucesso da apresentação se deve à conduta irretocável do maestro Diego Muniz. “Ele tem muita técnica e sensibilidade”.

“A sensação é algo indescritível. É uma realização”, revela a colega de Coral, a contralto Lindiomar Lucena, 49 anos, há um ano no grupo e atualmente aposentada.

Nova data

Quem não pôde comparecer na apresentação, terá uma nova oportunidade: Os Corais Diocesano e Santa Bernadette apresentam mais uma vez a peça de Mozart ‘Missa Brevis’ em Ré Menor K.65, que será realizada no próximo domingo (23/12), às 17h, desta vez na Paróquia Santa Bernadette, que fica localizada na Avenida do Oratório, 4246, na Vila Ivg, em São Paulo.

 

Gênio da música

O austríaco Wolfgang Amadeus Mozart desde cedo se interessou pela música, sendo estimulado pelo pai, ao começar a composição de pequenas peças para o piano. Ainda durante a infância, compôs sonatas de igreja e serenatas até que com apenas 13 anos, em 1769, concluiu a obra ‘Missa Brevis’ em Ré Menor K.65. Foi executada pela primeira vez em fevereiro do mesmo ano, na Kollegienkirche da Universidade de Salzburgo. Como era o tempo de Quaresma, o ‘Gloria’, apesar de composto, não foi apresentado naquela ocasião.

Mozart é reconhecido até hoje como um dos maiores compositores clássicos da história e um dos grandes gênios da música de todos os tempos.

Texto e fotos: Fábio Sales

 

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