Diocese de Santo André

CEBs refletem missão de Jesus como inspiração para grupos de rua

“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois ele me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação das vistas; para dar liberdade aos oprimidos”. O trecho do evangelho de Lucas (4 – 18,19) reforça a inspiração em Jesus Cristo para a missão dos grupos de rua, em temática abordada pelas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) na noite de segunda-feira (18/02), durante a abertura da Semana Regional da Fraternidade, em Mauá.

Responsável pela apresentação, o palestrante Sebastião Marcial Sobrinho, que atua na Pastoral Operária e nas CEBs, fez uma provocação sadia aos participantes sobre qual o lugar dos pobres em nossa missão e comparou a caminhada de Jesus com a luta pelos direitos sociais na atualidade.

“A missão de Jesus serve como um espelho a atuação dos grupos de rua nos tempos atuais. Ele entra nas casas, evangeliza as famílias, cura os enfermos, ensina as pessoas, sacia a fome dos pobres. Nossa ação deve ser baseada no modelo de Cristo. Reparem que nessas ações estão simbolizadas em Jesus, a luta pela justiça social e pelos direitos do povo. Como estamos agindo na defesa dos direitos de todos e todas ? Estamos exercitando o serviço e sendo pescadores de homens?”, questiona.

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Programação

Organizado pela Diocese de Santo André, o evento prossegue nesta quinta-feira (21/02), com apresentação do tema ‘Como continuar vivendo os ensinamentos da CF’, com o padre Paulo Roberto, e se encerra na sexta-feira (22/02), com a exposição ‘O valor dos COMIPAs e a atuação dos grupos que o integram’, com o padre Ryan Mathew Holke. As palestras acontecem das 19h30 às 21h30, na Igreja Matriz  Paróquia Imaculada Conceição em Mauá.

Antes, na terça-feira (19/02), o professor César Fialho apresentou ‘A leitura orante da bíblia e a meditação dos problemas que nos cercam’ e o advogado Abraão da Costa proferiu a palestra ‘Políticas públicas e nossos direitos desconhecidos’. A entrada é gratuita.

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Cinco missões

Antes do hino da Campanha da Fraternidade, orações e momento de silêncio pelas recentes tragédias que vitimaram mais de 300 pessoas no rompimento de barragem em Brumadinho (MG), ocorrido em janeiro; os dez jovens atletas do Flamengo, no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro (RJ); e as quatro crianças vítimas dos desabamentos ocorridos no último fim de semana, em Mauá (SP).

Sebastião preparou a apresentação se baseando em cinco missões bíblicas para contextualizar com a realidade atual dos grupos de rua e o relacionamento com os pobres e excluídos na sociedade.

A primeira se baseia no livro de Gênesis, em que o expositor questiona se existe missão sem projeto. “Toda missão está baseada em um projeto. Deus apresenta um projeto”.

Já a segunda missão demonstra a passagem do sofrimento do povo, desde a citação de Caim e Abel, dos trabalhadores escravos, até Deus ouvir o clamor e convocar Moisés, enviando-o para libertar o povo da escuridão.

Na terceira parte, Sebastião cita a missão de Maria. “Já tinha algo no coração antes de anunciar a esperança, o nascimento do Salvador. Maria disse sim à missão. Ser o instrumento que iria fazer a experiência do filho de Deus na história e resgatar o projeto do Pai, ou seja, viver humanamente na terra”.

A quarta missão se refere à tarefa de João Batista, que era preparar o caminho do céu, ou seja, batizar: ‘Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’.

Para encerrar a apresentação, a missão de Jesus, que está explícita no evangelho de Lucas (4 -18,19): “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois ele me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração. A pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos. A anunciar o ano da graça do Senhor”.

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Opiniões

“Gostei muito da aula. Para nós que somos de movimentos sociais, políticas públicas, Igreja Católica e educação é de grande valia esses debates. Essa prática e temática dentro da Igreja é de grande proveito para podermos entender um pouco mais a teologia na vida e na prática, respeitando sempre as pessoas ”, salienta a professora Júlia Tenório.

“Foi muito boa a palestra. Possibilitou a discussão, retomando a metodologia de ver, julgar e agir. O ponto mais forte foi a missão de Jesus com a retomada de Isaías, o ano da Graça do Senhor, o ano de redistribuição dos bens acumulados”, destaca o profissional da educação, Mauricio Leme.

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Reuniões das CEBs

Presentes ao encontro, a coordenadora diocesana das CEBs, Marlene Gianoto, e o assessor diocesano das CEBs, padre Angelo Belloso, avisam que no próximo dia 2 de março será realizada uma reunião extraordinária com o objetivo de elaborar uma carta, em que solicitarão o apoio dos padres e das paróquias para articular a criação do movimento em várias localidades das dez regiões pastorais no Grande ABC.

As reuniões das CEBs ocorrem bimestralmente (fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro), sempre no terceiro sábado de cada mês, das 9h às 11h, na Cúria Diocesana (Praça do Carmo, 36 – Centro, Santo André).

 

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