Diocese de Santo André

Missa dos Santos Óleos celebra unidade da Igreja e 8º Plano Diocesano de Pastoral

“A primeira missão do padre é ser amigo de Cristo. Como diz o evangelho de Marcos (6,7-13): ‘escolheu-os para estar com Ele e enviá-los em missão’. Depois dirigir a comunidade dos fiéis e presidir a eucaristia, que é o banquete do Reino. Hoje os sacerdotes renovam o compromisso de amar e servir o povo de Deus”.

Por uma igreja acolhedora e missionária, as palavras do bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, reproduzem as tarefas e desafios dos mais de cem padres dos sete municípios do Grande ABC, que estiveram presentes na celebração da Missa Crismal, também conhecida como a Missa dos Santos Óleos, realizada na manhã desta quinta-feira (18/04), na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro andreense. “Somos todos consagrados e ungidos com o óleo da alegria, do crucificado que é o ressuscitado vitorioso para anunciar e viver este mundo novo da Graça que Jesus inaugurou e que não terá fim”, clama Dom Pedro.

Em unidade com Cristo, a solenidade concelebrada pelo bispo emérito diocesano, Dom Nelson Westrupp, e com participação do Coral Diocesano de Santo André, teve duração de duas horas e dois momentos fundamentais como a benção dos Santos Óleos do Crisma, dos Enfermos e do Batismo; e a renovação das promessas sacerdotais. Diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, leigos e leigas presenciaram o ato cristão.

Ao final da missa, cada padre recebeu das mãos de Dom Pedro, o documento que reúne vários estatutos e protocolos sobre a vida presbiteral e caminhada diocesana.

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8º Plano de Pastoral

Reforçando os oito itinerários do 8º Plano Diocesano de Pastoral, Dom Pedro agradeceu o trabalho pastoral dos sacerdotes, como expressão de uma igreja diocesana, que também demonstra uma preocupação social e sinais concretos que mostrem o Reino de Deus derrotando o narcisismo babilônico.

“Acolher os nossos irmãos é uma de nossas principais missões. É necessário o testemunho de caridade social, a nível diocesano, em uma igreja profética como pedido por nosso Sínodo. Fomos ungidos e potencializados pelo espirito do Senhor que está sobre nós. Assim como Jesus, o sumo sacerdote da Nova Aliança se proclama na sinagoga de Nazaré, ungido para evangelizar os pobres, dar vistas aos cegos, libertar os oprimidos, nós também temos essa missão, pois participamos do seu sacerdócio”, explica.

É a primeira Semana Santa presenciada pelo povo da Diocese de Santo André, após um ano da entrega da Constituição Sinodal, no dia 6 de abril de 2018.

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Oração por Notre-Dame

O incêndio ocorrido durante a última segunda-feira (15/04), na Catedral de Notre-Dame, a mais famosa do mundo, provocou comoção e mobilizou milhões de pessoas de todos os continentes em orações pela recuperação do acervo histórico da igreja com mais de 850 anos de existência.

“Muitas relíquias estavam na Catedral de Notre-Dame, inclusive os pregos originais que crucificaram Jesus. É um patrimônio não apenas dos católicos, mas de toda a humanidade. Uma história viva que devemos resgatá-la e buscar a pronta restauração”, ressalta o aposentado Franklin Medeiros Raposo, 73 anos, que atua como um paroquiano ‘múltiplas funções’ na Paróquia Maria Mãe dos Pobres, em Diadema, como ministro, coordenador do Terço dos homens e integrante da Legião de Maria.

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Campanha da Fraternidade

Formada em Relações Internacionais, Natália da Silva Oliveira, 22 anos, revela que participou da Missa dos Santos Óleos pela primeira vez na vida. Atualmente desempregada, a paroquiana da Igreja Santa Luzia, em Ribeirão Pires, acredita que o tema da Campanha da Fraternidade está em sintonia com o atual momento do país. “O bispo Dom Pedro expressou essa preocupação com o número de desempregados no Brasil que ultrapassa mais de 13 milhões e as políticas públicas são necessárias para quem procura o primeiro emprego e quem precisa de recolocação no mercado”, salienta Natália, que atua nas equipes da catequese, da liturgia e do cerimoniário da paróquia. Acompanhando a filha, a professora aposentada Maria do Socorro da Silva Oliveira, 58 anos, confidenciou que não visitava a catedral há duas décadas e se emocionou no retorno ao templo cristão.

“Quando era adolescente vinha muito aqui. Me recordo que fazia umas comprinhas no Centro de Santo André. Mesmo com bastante tempo sem frequentar a catedral, nunca me saiu da mente a beleza desta igreja. Passamos horas observando e admirando. Fique feliz de retornar hoje. Voltamos mais renovados para nossas comunidades”, conta a catequistas de longa data da Paróquia Santa Luzia.

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Momento de reflexão

Frequentadora da Igreja Matriz de Santo André, Olga Dalécio, 77 anos, avalia que os instantes que antecedem a Paixão de Cristo fazem com que as pessoas reflitam sobre a conduta de vida nos tempos atuais.

“Nesta celebração rezamos pelos padres, mas também começamos a realizar um exame de consciência sobre como nos preparamos para essa passagem importante do ano. Se estamos absorvendo aquilo que Cristo nos ensinou para colocarmos em prática”, analisa.

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