Diocese de Santo André

Do amor ao próximo à conversão a Cristo: fiéis reverenciam Nossa Senhora do Carmo

Devotos da Mãe de Deus relatam fatos verídicos de graças alcançadas em sintonia com os desejos por um mundo melhor, durante celebração presidida por Dom Pedro, na Catedral

 

Se converter a Cristo, amar o próximo e manter vivo o legado da família. Esses são os pedidos e relatos de fatos verídicos de alguns dos 400 fiéis e devotos de Nossa Senhora do Carmo que participaram na noite de terça-feira (16/07), da celebração solene em honra à Mãe de Deus, celebrada pelo bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, na Catedral Diocesana.

A procissão simbólica com o andor de Nossa Senhora do Carmo percorreu trechos da Praça do Carmo, Calçadão Oliveira Lima, Rua Campos Sales e retornando à catedral para o encerramento com a benção e entrega dos escapulários.

Durante as seis celebrações do dia, que tiveram início às 7h, cerca de 2 mil pessoas participaram das missas e da mini quermesse. Ao todo, uma equipe de 50 pessoas esteve mobilizada voluntariamente para trabalhar nas barracas de salgados, doces e bebidas à disposição dos fiéis.

Atração à parte da Festa da Padroeira, o bolo contou com 30 voluntários na elaboração e venda de aproximadamente 2,4 mil pedaços; também foram consumidos 150 porções de caldo verde e feijão e 6kg de macarrão, entre outros números da comemoração.

“Apesar do frio, vocês vieram aquecer o coração no amor de Cristo. Maria faz parte da igreja. Essa nossa igreja que é mariana, porque tem em Maria a Mãe de Jesus, cabeça da Igreja, e a Igreja é Corpo Místico de Cristo. Estamos aqui para venerá-la. E a grande alegria de Maria é levar-nos até Deus. Ela é o nosso auxílio”, sintetiza Dom Pedro, durante o início de sua homilia. A celebração também contou com a participação do vigário episcopal para pastoral e pároco da Catedral, Pe. Joel Nery.

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A força da conversão

E uma das graças que Nossa Senhora promove na vida das pessoas é a conversão para Cristo, o seu Filho. É o caso de Maria do Carmo de França Gomes, 58 anos, – nome dado por sua mãe pela devoção e como homenagem – que por vários anos se encontrava sem fé e desviada dos caminhos da igreja. Seu testemunho é um exemplo da ‘volta por cima’ que muitas pessoas conquistam por meio da perseverança e crença no escapulário.

“Posso dizer que a minha conversão foi uma grande graça alcançada. Estava longe de Deus. Daí comecei a usar o escapulário, fazer a oração do rosário e Maria me levou ao Senhor. Transformou a minha vida e restaurou meu casamento”, conta a hoje viúva, paroquiana da Igreja Nossa Senhora Aparecida, a Aparecidinha do Parque Novo Oratório, na cidade andreense.

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O poder do escapulário

Esse relato verídico do poder dos escapulários traduz a origem da devoção centrada em Nossa Senhora do Carmo, nas peças que foram abençoadas pelo bispo diocesano, ao final da missa, e entregues a cada um dos fiéis presentes. Simbolizando fé e proteção, o escapulário era uma peça bastante comum na Idade Média, tratando-se de duas longas tiras de pano que envolvia integralmente os ombros de quem o vestia.

A devoção a Nossa Senhora do Carmo surge no Monte Carmelo, na Palestina, terra Santa, local onde monges se dispunham a rezar, no século XII. E ali construíram uma capelinha de Nossa Senhora, que o povo passou a chamar de Nossa Senhora do Monte Carmelo, que quer dizer pomar de Deus.

Essa devoção dos monges se difundiu e se fundou uma confraria, a Ordem dos Frades do Monte Carmelo. Se mudaram para a Europa, no século XIII e para que a ordem dos carmelitas não acabasse, Maria apareceU ao frade inglês Simão Stock e lhe entregou o escapulário para protegê-los.

“Portanto, Nossa Senhora do Carmo ao mandar usar o escapulário, no fundo ela está querendo dizer: ‘faça o que meu Filho disse. Aprenda a servir uns aos outros e vou proteger vocês’. Então, usar o escapulário é um compromisso com Maria, de imitar o serviço a Jesus. Por isso, a devoção nos ensina todos os dias a acreditar que o caminho de Jesus é o caminho do amor e do serviço”, explica Dom Pedro.

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Amor ao próximo

Devotos de Nossa Senhora do Carmo, o casal atuante na área da contabilidade, Luana Mateus, 37 anos, e Rafael Cruz, 33 anos, São Francisco de Assis, frequenta a Paróquia São Francisco de Assis, no Bairro Santa Maria, em São Caetano, mas tiveram um motivo especial para participarem desta celebração.

“Além de agradecer pelas graças alcançadas, também vim por causa do coral”, conta Luana.

Não por acaso, Rafael foi um dos aprovados na audição realizada no meio deste ano para a equipe de cantores do Coral Diocesano, sob a regência do maestro Diego Muniz, que se apresentou na missa solene realizada na catedral.

“Tem duas semanas que fui selecionado e já estou aqui cantando no Dia de Nossa Senhora do Carmo. É muita emoção”, revela.

Ambos acreditam que a principal mensagem desta celebração em homenagem à Mãe de Deus seria a compreensão entre as pessoas.

“Achamos que no mundo existem meios de aproximarem as pessoas. Infelizmente, muitos usam para se agredir, o que não é o correto. Por isso, o respeito é necessário na sociedade. Mais amor e menos ódio”, pregam Luana e Rafael.

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Mantendo a tradição

Antonio Arnaldo Bonacorce, 76 anos, é devoto assumido de Santo Antônio. Todo dia 13 de junho está lá na igreja da Vila Alpina, em Santo André, para agradecer pela saúde e graças alcançadas. No entanto, o aposentado faz questão de estar presente todos os anos na Catedral do Carmo para manter a memória e o legado da família mais vivo do que nunca.

“Meu pai, seu Bernardino, era devoto de Nossa Senhora do Carmo e hoje seria aniversário de minha irmã, que faleceu em março. E como ela nasceu neste dia, minha mãe batizou com o nome de Nossa Senhora, Maria do Carmo”, recorda.

 

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