O Dia Nacional dos Surdos é comemorado no dia 26 de setembro. Para reforçar a inclusão da pessoa com deficiência auditiva ou surda, um grande avanço foi o reconhecimento da Libras, a Língua Brasileira de Sinais, como lei nacional em 2002, como forma de comunicação e expressão em que o sistema de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos. Outro passo dado aconteceu em 2015, com a instituição da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Porém, ainda há uma longa estrada para se percorrer quando falamos da execução das leis na prática em vários municípios do Brasil.
Diante disso, a Diocese de Santo André, por meio do Setor Inclusão, tem realizado um trabalho de formiguinha, buscando gradativamente atender as demandas, principalmente no que se refere ao sentimento de pertença nas comunidades, sem esquecer da inclusão social, fator fundamental para uma sociedade mais justa e igualitária.
Um desses trabalhos é o Curso de Libras, realizado aos sábados, das 13h30 às 15h30, e aos domingos, das 9h às 11h, de segunda e terça-feira, das 19h às 21h, além da interpretação da Língua Brasileira de Sinais em eventos e missas.
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Desafios
De acordo com o Censo de 2010 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil registrou 9,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva, das quais aproximadamente 27 mil são moradoras do Grande ABC.
Um dos grandes desafios da Pastoral do Surdo e do Setor Inclusão é mapear os deficientes auditivos, principalmente nas comunidades mais carentes e periféricas próximas das paróquias.
“As atividades visam criar uma nova consciência a respeito da inclusão das pessoas com deficiência no que diz respeito à evangelização. Nossa luta é a de estarmos juntos para que se sintam protagonistas da evangelização. E possam levar Jesus a todas as pessoas. Nenhuma deficiência é barreira”, conta o assessor diocesano do Setor Inclusão, Pe Claudio Pereira Santos.