Diocese de Santo André

Por dentro do Sínodo da Amazônia

O Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica está na reta final. Começou no dia 6 de outubro e terminará no próximo domingo (27/10). Porém, para entender como funciona esse processo de reuniões durante as três semanas é preciso saber algumas etapas de preparação que antecedem a Assembleia.

Assim como no Sínodo com os Jovens, em 2018, uma reunião pré-sinodal reúne participantes de vários países, que respondem questões e contribuem para a elaboração do Instrumentum Laboris preparado pela Secretaria do Sínodo do Vaticano. Acesse o Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia aqui.

Quem vota no Sínodo
Assembleia nada mais é do que uma reunião do Papa com os bispos do mundo inteiro para discutir um tema específico. Participam nomeados pelo Papa, eleitos para as conferências episcopais, peritos para ajudar na elaboração dos documentos e auditores, que podem falar, mas não tem direito a voto no documento final. Quem vota são os padres sinodais, que são os bispos, superiores gerais ou padres nomeados pelo papa.

Elaboração do documento
A assembleia é dividida numa estrutura para responder as perguntas do Instrumentum Laboris, que serve para orientar os debates, ou seja, uma base para as discussões. Em alguns momentos da plenária, cada participante tem quatro minutos para falar e outros nos círculos menores atuam mais informalmente. Daí começam a surgir as propostas para o documento final. Uma comissão é eleita e tem o grupo dos peritos, que ajudam na preparação deste documento, conforme avançam os debates na Assembleia.

Apresentação do texto
O relator geral, o Cardeal Dom Cláudio Hummes, apresenta o texto, uma primeira versão, e tem mais alguns dias para comentar nos círculos menores para avaliação, com possibilidades de emendas. Os redatores trabalham em eventuais atualizações textuais. O texto final é lido na assembleia e votado cada parágrafo. Precisa da aprovação da maioria dos participantes, cuja redação do documento final será apresentada neste sábado, 26 de outubro.

Comissão eleita
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou a lista de membros eleitos para a redação e desenvolvimento do documento final da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica.  O cardeal brasileiro Dom Cláudio Hummes é o presidente da comissão. O arcebispo emérito de São Paulo é relator do Sínodo, presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM).

Confira os demais membros da comissão:
Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário Geral do Sínodo de Bispos (Vaticano)
Dom Mario Grech, Pró-Secretário Geral do Sínodo dos Bispos (Vaticano), Administrador Apostólico de Gozo (Malta)
Cardeal Michael Czerny, Arcebispo Titular de Benevento, Sub-Secretário da Seção de Migrantes e Refugiados do Departamento de Serviços de Desenvolvimento, Integram Humano (Vaticano)
Dom David Martínez de Aguirre Guinea, Vigário Apostólico de Puerto Maldonado, Bispo Titular de Izirzada (Peru)

Membros eleitos pela Assembleia:
Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima (Brasil)
Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, Arcebispo de Trujillo, Presidente da Conferência Episcopal (Peru), Presidente da Conselho Episcopal da América Latina (CELAM)
Dom Nelson Jair Cardona Ramírez, Bispo de San José del Guaviare (Colômbia)
Dom Sergio Alfredo Gualberti Calandrina, Arcebispo de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia)

Membros da nomeação Pontifícia:
Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena, Presidente da Conferência Episcopal (Áustria)
Dom Marcelo Sánchez Sorondo, Bispo titular de Vescovio, Chanceler da Pontifícia Academia de Ciências Sociais (Vaticano)
Dom Edmundo Ponciano Valenzuela Mellid, Arcebispo de Assunção (Paraguai)
Rossano Sala, Professor de Pastoral Juvenil no Pontifício Conselho Diretor da Universidade Salesiana e Jornal (Itália)

Resultados esperados
Os resultados não são de curto prazo. O imediato é o documento final, ou seja, uma orientação para a Igreja e propostas para o Papa elaborar a Exortação pós-sinodal. Num segundo momento, o relatório precisa ser aplicado nas dioceses, nas congregações, nos seminários, de acordo com as realidades locais, em sintonia com tudo aquilo que foi discutido no Sínodo, que propõe orientações e ações na sociedade.

Fontes: w2.vatican.vawww.sinodoamazonico.va www.vaticannews.va

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