O Vicariato Episcopal para a Caridade Social está prestes a completar cinco meses de sua criação na Diocese de Santo André. Muitos avanços no aspecto caritativo e enormes desafios pela frente, em razão da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, exigem uma grande mobilização para superação das dificuldades e ajuda à população mais carente.
E neste sábado (25/04), às 15h, o Momento Pastoral da Programação de Lives da Diocese de Santo André recebe o vigário episcopal para a Caridade Social e pároco da Paróquia São Maximiliano Maria Kolbe (Riacho Grande – SBC), Pe Ryan Mathew Holke. Ele abordará a articulação da rede de solidariedade em todo o Grande ABC, além de detalhes sobre as doações e o Projeto Cantando a Esperança, que iniciará no dia 30 de abril, com o objetivo de angariar fundos para famílias carentes.
A transmissão ocorrerá pelo Facebook, Instagram e Youtube da Diocese.
Acompanhe mais detalhes na entrevista concedida à reportagem da Diocese de Santo André:
Pe. Ryan, como está a mobilização das doações em prol das famílias carentes neste período de isolamento social?
Nós estamos nesse período de distanciamento social, onde muitas pessoas adotam o isolamento, e mesmo assim tem acontecido muitas ações de caridade. Muitas pessoas buscando fazer a sua doação, onde diversas paróquias arrecadaram alimentos, produtos de higiene e de limpeza por meio do sistema drive-thru, justamente para evitar qualquer possibilidade de contágio, sempre cuidando da higienização das doações.
Também diversos grupos de empresários, de autônomos e sindicatos têm feito arrecadações para ajudar, além daquilo que observamos numa escala maior, como artistas, e assim por diante. Mas uma das coisas que observamos, também, é a organização na parte da base. Grupos e pessoas que são lideranças em suas comunidades, levantando as necessidades de cada um. Tenho visto muitas iniciativas de jovens, que vão de porta em porta perguntando como está a vizinhança. O que estão precisando, fazendo arrecadação por conta própria. Jovens trabalhadores que sentem o chamado de Deus no coração. Temos tido uma resposta muito positiva.
E quais os principais desafios durante a quarentena e tempos de pandemia?
Por outro lado, também enfrentamos dificuldades. Muitas pessoas estão com medo e a nossa população de rua, de maneira especial sofre mais intensamente. As pessoas tem medo de chegar perto. Inúmeras pessoas em situação de rua precisam de marmitas, cestas básicas e muitas pessoas não estamos indo mais entregá-las. Fora a questão da vulnerabilidade e violência. Recentemente tivemos a notícia de duas mortes de pessoas em situação de rua.
Então, assistimos a um paradoxo. Se por um lado as pessoas que tem Deus no coração estão se desdobrando e procurando fazer o máximo, por sua vez, também têm aquelas pessoas que enveredam pelo caminho do egoísmo, da indiferença e que neste momento fica muito mais patente.
Qual seria a melhor solução para resolver essa situação das pessoas em situação de vulnerabilidade social?
Diante desse cenário, o Vicariato tem agido em muitas frentes. Primeira coisa que fizemos foi organizar um cadastro, onde as nossas lideranças e membros de pastoral pudessem colocar as necessidades que estão encontrando em suas comunidades. Qualquer coisa que seja uma urgência, seja alimento, roupa, fraldas, remédios, em algumas situações, até pagamentos de contas, do aluguel, temos procurado assistir aquelas pessoas que mais necessitam neste momento de adversidades.
E conjuntamente com esse levantamento, esse mapeamento das necessidades, estão abertas as inscrições dos Anjos da Caridade (cadastro pode ser realizado pelo link), que são pessoas que querem ajudar de alguma forma. Não sabem por onde começar e aí acionamos essas pessoas diante das necessidades que vão surgindo, procurando articulá-las o mais próximo possível de onde elas moram, a fim de evitar deslocamentos e aglomerações. Para grupos paroquiais, pastorais, associações, movimentos, entidades e demais iniciativas caritativas, basta acessar o link e efetuar o preenchimento de dados .
Além disso, o Vicariato está encaminhando o envio de recursos que eventualmente uma comunidade consegue fazer a arrecadação, sobra da necessidade que eles têm no momento, e nós redirecionamos essas doações para outros lugares que estejam precisando. Temos feito essa facilitação dessa grande rede de solidariedade que existe por toda a Diocese.
Qual o papel protagonista do Vicariato nestes tempos de pandemia, na relação entre Igreja e sociedade?
A criação do Vicariato, que foi fruto de todo o processo do Sínodo Diocesano, ao longo de praticamente dois anos, vem provar agora a sua importância. E observamos a ação de Deus na criação do Vicariato, porque tem sido uma ferramenta muito importante para apoiar a ação de nossas comunidades, de nossos grupos. Temos muitas pessoas e entidades realizando trabalhos caritativos por toda a Diocese. Mas faltava uma articulação e faltava também um organismo que pudesse receber, de forma mais organizada, as pessoas que estão dispostas a colaborar com ações de caridade.
Então, graças a Deus, o Vicariato vem somando o trabalho dos grupos, das entidades, das paróquias, direcionando aquelas pessoas que querem dar as mãos, querem ajudar com iniciativas em sua cidade, região. Então, nós formamos nas últimas semanas, redes de pessoas ligadas à assistência social, grupos que fazem trabalho com as pastorais de rua, os grupos que prestam assistência às famílias, materialmente, os vicentinos, a Pastoral da Criança, e assim por diante, articulando essa grande rede de solidariedade, para que não deixemos ninguém para trás, que é o mais importante.
As doações também podem ser realizadas em dinheiro para a conta do Vicariato Episcopal para a Caridade Social da Diocese de Santo André:
Banco Itaú – Agência: 3392 – C/C: 26537-1
Mitra Diocesana de Santo André – CNPJ: 57.591.349/0001-62
Mais informações pelo WhatsApp do Centro de Pastoral: (11) 99981-1233.
Pontos de arrecadação
SANTO ANDRÉ
Cúria Diocesana de Santo André
Praça do Carmo, 36 – Centro
Segunda a sábado, das 8h às 17h
Paróquia Nossa Senhora da Salete
Rua das Hortências, 405 – Vila Helena
Terça a sexta, das 8h30 às 11h30
Santuário Senhor do Bonfim
Rua Suíça, 1050 – Parque das Nações
Segunda a sexta, das 14h às 17h
Paróquia São José Operário
Rua Kowarick, 465 – Jardim Bela Vista
Segunda, terça, quinta, sexta e sábado, das 9h às 12h, e das 13h às 18h,
SÃO BERNARDO
Paróquia Santíssima Virgem
Avenida Lucas Nogueira Garcez, s/nº – Jardim do Mar
Todos os dias, das 8h às 13h
Paróquia Sagrada Família
Estrada dos Casa, 3800 – Jardim do Lago
Sábado, das 9h às 12h
Paróquia Santa Teresinha
Rua Antônio Simionato, s/n – Santa Terezinha
Todos os dias, das 9h às 16h
MAUÁ
Paróquia Matriz Imaculada Conceição
Praça Monsenhor Alexandre V.Arminas, 01 – Bairro Matriz
Segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 16h
DIADEMA
Paróquia Bom Jesus de Piraporinha
Praça Bom Jesus de Piraporinha, 118 – Piraporinha
Segunda a sábado, das 9h às 12h e das 13h às 16h
Sede da Sociedade São Vicente de Paulo
Rua Sebastião Ferreira Leite, 205 – Centro – próximo ao Poupa Tempo
Sábado, das 9h às 13h
SÃO CAETANO
Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Rua Oriente, 455 – Bairro Barcelona
Terça a sábado, das 9h às 14h
RIBEIRÃO PIRES
Paróquia Matriz São José
Avenida Santo André, 110 – Centro Alto
Segunda a sexta, das 14h às 17h
RIO GRANDE DA SERRA
Paróquia Matriz São Sebastião
Avenida Francisco Morais Ramos, 40 – Centro
Segunda a sexta, das 14h às 17h
Sábado, das 8h às 11h