“Desejo a todos um ano novo de paz, de alegria, e também de muito trabalho em favor do Reino de Deus. O povo que estava nas trevas viu uma grande luz: Jesus, o filho de Deus, nascido de Maria. Essa é a nossa fé, nossa esperança que não nos deixa desanimar, porque Cristo é a nossa paz.”
Na celebração da primeira missa do ano de 2021, o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, enfatizou a necessidade da promoção de políticas públicas principalmente aos mais carentes da sociedade, a partir dos prefeitos e vereadores eleitos e reeleitos que tomaram posse nesta sexta-feira (1º/01), a fim de superar as dificuldades causadas pela pandemia da Covid-19 desde o primeiro semestre de 2020.
“Hoje (sexta) os novos prefeitos e vereadores tomam posse dos seus cargos no Brasil inteiro. Cargos que são serviços a favor do povo. Rezemos para que se comportem como servidores do povo e que possam implementar políticas públicas em favor da população, em especial os mais carentes. Que ajam com responsabilidade e dignidade, conforme exige o cargo”, pede o bispo diocesano.
A declaração ocorreu durante homilia da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (acesse e leia na íntegra aqui), realizada na manhã deste 1º de janeiro, na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro do município andreense. A missa contou com as presenças do vigário anfitrião Pe. Flávio José dos Santos, do secretário episcopal Pe. Camilo Gonçalves de Lima, e de fiéis que compareceram à igreja (limitada a 30% da capacidade do local), respeitando os protocolos sanitários de distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel.
“Esta pandemia evidenciou no Brasil, o abismo que nos divide entre ricos e miseráveis. O desemprego, a fome e o desespero estão presentes. E a Palavra de Deus que nós ouvimos exige de nós uma resposta urgente para sermos promotores da justiça e da paz. Vencendo o mal fazendo o bem”, conclama Dom Pedro.
Ano de São José
Segundo o bispo da Igreja Católica Apostólica Romana no Grande ABC, que reúne sete municípios: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o diferencial dos cristãos para reverter as adversidades é a prática do maior mandamento de Deus: o amor.
“Somos convidados a termos uma vida humilde e simples, sem luxo, sem consumismo desenfreado, sem gastar em coisas que não servem para nada, abrindo espaço para a solidariedade”, orienta.
Para expressar esse modelo de atuação na sociedade, o Papa Francisco convocou no último dia 8 de dezembro, por meio da Carta Apostólica “Patris corde – com coração de Pai” para celebrar os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica, o Ano de São José, que irá vigorar até 8 de dezembro de 2021.
“Somos convidados a cuidarmos um dos outros e aqui o modelo que nos é proposto pelo Papa Francisco é São José. São José cuidou da Família de Nazaré. Que ele nos ensine a cuidarmos uns dos outros, a partir da nossa fé”, salienta Dom Pedro.
Esperança x Pandemia
Prestes a atingir a marca de 200 mil mortes pela Covid-19, o Brasil tem enfrentado uma triste realidade diante da politização das vacinas e das incertezas sobre quando se iniciará, de fato, o calendário de imunização para toda a população.
Para Dom Pedro, essa situação não pode se sobrepor a importância da vida e das prioridades para combater o aumento no número de óbitos registrados ao longo dos últimos dias.
“Encerramos o ano de 2020 com um saldo triste de mortes, dificuldades de toda ordem, mas a esperança não pode morrer. A palavra de Deus diz que Deus caminha conosco. Não podemos perder a esperança. Em Jesus, a vida vence a morte e sua mãe Maria é a primeira testemunha da fé na vitória da vida sobre a morte. Figura da Igreja, que através dos tempos testemunha a verdade pascal. Cristo venceu a morte e o mal. Deu-nos a vida”, medita o bispo, ao exaltar Maria como exemplo de fé e esperança para cada um de nós.
Dia Mundial da Paz
Neste 1º de janeiro de 2021 também é celebrado o Dia Mundial da Paz, proclamado em 1968 pelo Papa Paulo VI (que rezou o primeiro Dia Mundial da Paz com crianças hospitalizadas), como uma proposta para que nesse dia, de modo especial, se rezasse pelas relações pacíficas diante dos muitos conflitos em andamento.
“No primeiro dia do ano civil invocamos a paz de Deus sobre nós. É o início de uma caminhada a ser percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama. Que em cada dia nos cumula com sua benção e nos oferece a vida em plenitude. Em Jesus, temos vida em plenitude”, complementa Dom Pedro.