Diocese de Santo André

Na noite em que o amor se ajoelha, Dom Pedro recorda: “Quem comunga, não pode viver para si”

Na Catedral Nossa Senhora do Carmo uma atmosfera de recolhimento e reverência, tomou conta da noite de quinta-feira, 17 de abril. Fiéis se reuniram para viver o início do Tríduo Pascal — o ponto central da fé cristã — participando da Missa da Ceia do Senhor, presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini e concelebrada pelo pároco e vigário geral, Padre Joel Nery. A igreja estava completamente cheia, refletindo a sede de tantos corações por viverem intensamente o mistério do amor que se faz entrega.

Nesta noite, a Igreja reviveu com reverência três grandes dons deixados por Jesus naquela noite: a instituição da Eucaristia, o sacerdócio e o mandamento do amor. A homilia de Dom Pedro conduziu a assembleia a uma meditação profunda sobre o amor que se faz serviço e entrega.

Dom Pedro recordou que, na Última Ceia, o Filho de Deus se rebaixa, se faz alimento e nos convida a viver uma vida de doação. A Eucaristia, explicou, é a presença real de Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade — um mistério de amor que nos transforma e nos compromete com os irmãos. O bispo também mencionou o testemunho de Carlo Acutis, jovem que difundiu os milagres eucarísticos e será canonizado em breve, como exemplo de fé e devoção ao Santíssimo Sacramento.

O bispo destacou ainda que a Eucaristia nos chama a um estilo de vida contrário ao egoísmo e à indiferença. “Quem comunga verdadeiramente, não pode viver fechado em si mesmo, acumulando bens ou esquecendo os mais fracos”, afirmou. Para ele, a fé na presença real de Cristo no altar exige também fé na presença de Cristo nos ministros ordenados, chamados por Deus para perpetuar esse mistério.

Por fim, refletiu sobre o mandamento do amor. Um amor que não é sentimentalismo, mas compromisso concreto. “Jesus nos ensina que amar é servir, sofrer, permanecer”, disse. E concluiu convidando os fiéis a se colocarem ao lado de João, o discípulo amado que acolheu com devoção o dom da Eucaristia, e não ao lado de Judas, que recusou o amor por esperar um Messias diferente. “O futuro é de quem tem fé. E quando digo futuro, falo da vida eterna”, finalizou.

Durante o rito do lava-pés, Dom Pedro lavou os pés de doze membros da comunidade presentes na assembleia. O gesto, que remonta ao Evangelho de João, expressa a missão de Cristo de servir e amar até o fim — e convida a todos a seguirem o mesmo caminho.

Ao final da celebração, com cânticos e incenso, o Santíssimo Sacramento foi conduzido em procissão até o salão da catedral, onde ficou exposto para vigília. Com este translado, a Igreja inicia sua permanência junto a Jesus em sua agonia, vigiando com Ele na noite em que começou sua Paixão.

A celebração da Quinta-feira Santa marca não apenas o início do Tríduo, mas o convite a todos os fiéis para caminharem com o Senhor rumo à cruz e à ressurreição, renovando a fé no mistério pascal que dá sentido à vida cristã.

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