No domingo, 27 de julho, a Paróquia São João Batista, no Rudge Ramos, acolheu a celebração do V Dia Mundial dos Avós e das Pessoas Idosas, instituído pelo Papa Francisco e celebrado sempre no domingo mais próximo à memória de Sant’Ana e São Joaquim, os avós de Jesus. A missa foi presidida pelo pároco e assessor eclesiástico da Pastoral da Pessoa Idosa na Diocese de Santo André, Padre Paulo Afonso da Silva.
Inspirado pelo tema escolhido pelo Papa Leão XIV para este ano — “Bem-aventurado quem não perdeu a esperança” (cf. Eclo 14,2) — Padre Paulo destacou, em sua homilia, a importância de refletir sobre a realidade da população idosa e os desafios que envolvem o envelhecimento no Brasil e no mundo. Segundo dados do último censo, mais de 32 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais — um crescimento de 57% em uma década.
“O Papa Francisco chamou atenção para esse novo povo, que cresce a cada ano. Precisamos aprender a valorizar a presença dos idosos em nossas famílias, comunidades e paróquias, entendendo que eles ainda têm muito a oferecer”, afirmou o sacerdote.
A homilia também abordou o cuidado com as relações entre as gerações. “A experiência do idoso é rica, mas a sua voz muitas vezes não encontra espaço. Por outro lado, os mais jovens precisam dessa sabedoria para orientar seus caminhos. É necessário fomentar um diálogo verdadeiro, onde todos possam crescer”, completou.
O padre também recordou que muitos avós e idosos são exemplo de perseverança e fé amadurecida, especialmente por meio da oração. “A oração é uma marca forte na vida das pessoas idosas. Elas nos ensinam a rezar com profundidade, com confiança, com perseverança”, disse, refletindo sobre o evangelho do dia, que tratava justamente do ensinamento de Jesus sobre a oração.
A pastoral e o cuidado com o presente e o futuro
Ao final da celebração, Padre Paulo agradeceu o trabalho da Pastoral da Pessoa Idosa, presente atualmente em pouco mais de 20 paróquias da Diocese, e incentivou sua expansão. “Essa é uma pastoral com um papel fundamental. Ela realiza visitas, acompanha, preserva a memória e afirma o valor da vida da pessoa idosa no seio da comunidade.”
Segundo ele, à medida que o número de pessoas idosas cresce, é fundamental que a Igreja esteja preparada para acolher, integrar e dar sentido à presença dos que já caminharam tanto na vida.
Reconhecimento e benção final
Antes da bênção final, os idosos e avós presentes foram convidados a se levantar. O padre rezou por eles, pedindo a Deus que os fortaleça e os acompanhe, e lembrou à assembleia que muitas comunidades são sustentadas pela fé e pela presença ativa dessas pessoas.
“Se temos comunidades vivas e perseverantes, é porque muitos idosos seguem participando e contribuindo com o que podem. Eles não apenas construíram o que temos hoje, como continuam sendo presença fiel”, afirmou.
A celebração foi encerrada com a bênção e aspersão com água benta, um convite também foi feito aos que desejam conhecer ou participar da Pastoral da Pessoa Idosa. “É um serviço que enriquece quem recebe, mas também quem se doa”, concluiu.




