Na manhã do dia 2 de agosto, o Santuário Senhor do Bonfim, em Santo André, acolheu a celebração do Perdão de Assis, presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano, e concelebrada pelo provincial dos Frades Menores Conventuais, Frei José Hugo da Silva Santos, OFM Conv, e Padre William Marioto Torres, reitor da Casa de Formação Propedêutica.
A Liturgia das Horas foi rezada junto à celebração, conduzindo os fiéis à meditação da Palavra e à disposição interior para acolher a indulgência plenária que a Igreja concede neste dia.
Dom Pedro, em sua homilia, conduziu a assembleia à origem desse dom espiritual. Recordando o gesto de São Francisco de Assis, que restaurou com as próprias mãos a igrejinha de Porciúncula – dedicada a Nossa Senhora dos Anjos –, explicou que foi ali que o santo pediu a Jesus uma graça extraordinária: que todos os que ali rezassem, arrependidos, recebessem não apenas o perdão dos pecados, mas também a indulgência das penas que dele resultam.
“De minha parte, tudo concedo”, teria respondido Jesus, “mas peça também ao Papa, pois a autoridade para abrir o tesouro da Igreja foi confiada a ele”. E assim, o Santo de Assis se dirigiu ao Papa Honório III, que acolheu o pedido e instituiu a indulgência plenária para todos que, em 2 de agosto, confessados, comungados e em oração pelo Papa, visitassem a capela da Porciúncula ou, posteriormente, qualquer igreja franciscana ou paroquial.
“A indulgência é como remover a cicatriz que o pecado deixa”, explicou Dom Pedro. “O perdão de Deus apaga a culpa; a indulgência cura as consequências. É a misericórdia em excesso.”
Durante a homilia, o bispo também destacou a figura de Maria, celebrada nesse mesmo dia como Nossa Senhora dos Anjos, título que se une intimamente à espiritualidade franciscana. “Deus preparou para seu Filho uma morada divina: Maria. Assim como um pai prepara uma boa casa para o filho, Deus preparou Maria como santuário vivo, a porta pela qual entrou o Salvador do mundo.”
Ele continuou: “Maria é a mulher da Nova Aliança, Mãe dos cristãos, porque é Mãe de Cristo. E por isso, Francisco não apenas restaurou aquela igreja dedicada a Ela, mas compreendeu, com o coração apaixonado, que onde está Maria, está também a fonte da misericórdia.”
O Santuário do Senhor do Bonfim, acolheu os fiéis ao longo de todo o dia, oferecendo a oportunidade de oração e reconciliação. Ao final da celebração, Frei José Hugo agradeceu a todos que contribuíram com a organização, recordando que “a presença do nosso bispo diocesano nesta celebração do Perdão é símbolo da unidade que São Francisco tanto amou no seio da Igreja”.
Dom Pedro também pediu orações pela saúde do Frei Diogo Luís Fuitem, OFMConv, que se encontra hospitalizado, rezando também em intenção pelo Papa Leão XIV.
A indulgência plenária concedida neste dia é expressão concreta da misericórdia de Deus, e indulgência plenária do Perdão de Assis pôde ser recebida pelos fiéis presentes e por todos os que, em estado de graça, visitaram qualquer igreja franciscana ou paroquial naquele dia, confessados, comungados e em oração pelo Papa.






