Na tarde de domingo, 9 de novembro, o Santuário Senhor do Bonfim, na Forania Santo André Utinga, tornou-se ponto de encontro para os agentes da Pastoral da Acolhida de toda a diocese. Os participantes começaram a chegar logo no início da tarde, organizando-se com simplicidade e cuidado. Em seguida, rezaram o Santo Terço conduzido pelas foranias, num ritmo sereno que preparou o coração para a formação e para a celebração.
O assessor eclesiástico da pastoral, padre Victor Pereira Guimarães, fez a saudação inicial e situou a missão dos acolhedores no cotidiano das paróquias. Falou da atitude atenta na porta da igreja, do olhar que encontra quem chega e do gesto que convida a entrar, lembrando que o acolhimento começa muito antes da missa e continua quando ela termina.
O seminarista David Rodolfo Campos Silva, que acompanha a pastoral, falou sobre o subsídio Acolhida e Missão, lançado em dezembro de 2023, com propostas simples para fortalecer, integrar novos agentes e criar rotinas que tornem a recepção mais humana e constante. Logo depois, padre Victor conduziu a Adoração ao Santíssimo Sacramento, momento em que cada agente pôde colocar, em silêncio, as alegrias e os desafios desse serviço tão necessário.
A Santa Missa foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, e concelebrada por padre Victor e pelo pároco do Santuário, Padre Frei Carlos Alberto de Queiroz, OFM Conv. Na homilia, Dom Pedro recordou o sentido profundo da ação de graças e vinculou a celebração ao caminho vivido pela Pastoral da Acolhida na diocese. “Estamos celebrando esta Santa Eucaristia em ação de graças pela caminhada da nossa Pastoral da Acolhida. Unimos a grande ação de graças que já é a Eucaristia, o Pão da vida.”
O bispo retomou o processo sinodal vivido na diocese e sublinhou a diretriz que segue iluminando o trabalho pastoral. “No Sínodo Diocesano escolhemos como meta a acolhida e a missão como dois trilhos pelos quais avança o trem. E vocês têm correspondido com um coração aberto e generoso.” O convite foi para que as equipes sigam unidas, formadas e próximas das realidades locais, lembrando que cada gesto simples abre caminhos para a participação de quem chega.
A data litúrgica ajudou a ampliar o olhar dos presentes, Dom Pedro explicou a memória da dedicação da Basílica de São João de Latrão, em Roma, como sinal da liberdade para a vida eclesial e do valor sagrado dos templos. “A Igreja celebra no mundo inteiro a dedicação de São João de Latrão porque marcou o início da liberdade religiosa. Ali, o povo pôde se reunir publicamente e celebrar, e nós recordamos que os templos são lugares dedicados a Deus.” A partir das leituras, conduziu a reflexão para Cristo e para a dignidade batismal de cada fiel: “Jesus é o verdadeiro templo de Deus. E a Escritura nos diz: vós sois pedras vivas da construção de Deus. Pelo Batismo, cada um de nós foi consagrado para ser morada do Senhor.”
Daí nasceu um apelo direto ao serviço dos acolhedores, sem perder a dimensão comunitária. “Se cada pessoa é um templo de Deus, no templo de Deus todos devem ser bem recebidos. A Pastoral da Acolhida ajuda a nossa Igreja a ser mais fraterna, para que ninguém fique à margem.” O bispo encorajou as equipes a perseverarem na rotina, com gentileza e constância, e concluiu a homilia pedindo que o Senhor sustente esse ministério em cada paróquia: “Continuemos pedindo a graça de sermos acolhedores e, um dia, todos sermos acolhidos na casa da eternidade.”
Ao final da celebração, a coordenadora diocesana, Rizomar Matos, dirigiu uma palavra de gratidão e deu as boas-vindas ao novo assessor. Com simplicidade, disse confiar no vigor e nas ideias de Padre Victor para a continuidade do trabalho junto às equipes paroquiais, e entregou uma singela lembrança aos participantes. Em seguida, padre Victor agradeceu a proximidade das equipes, partilhou sua missão como vigário na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em São Bernardo, e reforçou que deseja caminhar junto, aprendendo e servindo com os agentes, especialmente nos processos de formação e de organização local.
Prosseguindo no envio, Dom Pedro fez um agradecimento a cada agente pelo “sim” generoso e incentivou que mantenham a mesma disposição nas comunidades, com atenção especial a quem chega pela primeira vez, a quem retorna depois de muito tempo e a quem busca um lugar para ficar. Lembrou, ainda, a utilidade do jornal Boa Notícia para ser levado ao término das celebrações, como forma de informação e formação nas casas.
Durante o encontro, foi entregue aos agentes o subsídio Acolhida e Missão, com propostas práticas para turnos de porta, integração de novos agentes, sinalização, linguagem cordial, cuidado com pessoas idosas e com famílias com crianças, e sugestões para unir a equipe litúrgica, a pastoral do batismo, a catequese e as demais pastorais, favorecendo um acolhimento que se prolonga no dia a dia da paróquia.
Veja o álbum completo de fotos, clicando aqui.










