Na tarde de segunda-feira, dia 28, houve um momento de convivência entre Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André, e alguns seminaristas das casas de filosofia e teologia da Diocese.
O destino foi uma região da diocese que a maioria dos diocesanos de Santo André não conhece: a parte sul da região Mauá. A primeira parada foi a Capela Santo Antônio, no mirante Santo Antônio, que pertence à Paróquia São José de Ribeirão Pires e foi construída em 1949. Lá no alto do morro se viu a capela e a imensa bandeira do Brasil, tremulando no meio da neblina.
Depois seguimos para o monumento do Divino Redentor em Campo Grande, já município de Santo André. A capelinha, com um mínimo cuidado e só algumas poucas imagens, acolheu mais um recém-chegado de fora, intenção para a qual Pe. Luiz Capra a construiu em 1912.
Seguimos viagem com a companheira neblina, que deixava ver 20 metros à frente na Rodovia que liga a vila de Paranapiacaba ao resto do mundo, rumo à vila inglesa.
Nesta extremidade da diocese continuamos com a solene neblina, que contrastava com a alegria do grupo e o interesse do pastor, por encontrar as ovelhas no meio da “serração”. Encontramos algumas, como a D. Cida e o Sr. Cláudio, que ajudam com mais algumas pessoas a cuidar da Paróquia do Senhor Bom Jesus de Paranapiacaba.
Na vila, visitamos o cemitério, a ponte, o castelinho, a Vila Martin Smith, o Pau da Missa, bebemos água da fonte próxima ao Largo dos Padeiros. Diz-se que sempre quem bebe desta água volta! Visitamos o comércio de Dona Cida, na Rua William Speers, e por fim, visitamos a Igreja do Bom Jesus, onde rezamos por todos os moradores de Paranapiacaba e da região.
No retorno, ainda passamos em Rio Grande da Serra, no Jardim Santa Tereza, onde Dom Pedro encantou-se com a beleza da Comunidade São Francisco de Assis e com seu tamanho. Ao prosseguir um pouco mais, paramos o carro e ele desceu para abraçar algumas senhoras desta comunidade que encontramos nas proximidades da igreja do bairro.
Passamos quatro horas de formação com o bispo, conversando sobre tudo, rindo, tomando café e comendo bolo no carro, dando risada e expressando a nossa opinião sobre a vida, ao encontro de uma diocese que muitos não conhecem, que muitos já esqueceram. Qual o desejo, qual a moral que fica, como diziam as histórias antigas: humildade, alegria e ser presença da Igreja no cotidiano, levando o amor a todas as pessoas, tendo orgulho da história do povo e nossa, que é valiosa aos olhos de Deus, do nosso bispo e de muita gente.
Ontem o bispo passou, como Jesus, fazendo o bem a algumas pessoas e comunidades, dando exemplo a seus seminaristas, que são chamados a fazer o mesmo, dar exemplo cristão, como todos os cristãos de todas as nossas 99 paróquias, a fim de que a graça de Deus esteja em todo lugar, visível e animadora para as comunidades fraquinhas e as que já sucumbiram, onde estão as ruinas dos templos ou da fé, com uma imagem do cristão evangelizador que suma na neblina, a fim de que se perceba a imensidão de Cristo, envolvente, refrescante.
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Texto de Hamilton Gomes do Nascimento
Seminarista – 3º ano de teologia
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