Diocese de Santo André

É preciso repensar a Misericórdia e dar-lhe o seu devido valor

A cada ano, no mês de fevereiro, acontece a Reunião Ampliada da Sub-Região Pastoral SP2, tendo como local a sede da Diocese de Santo Amaro, quando se reúnem os bispos e representantes de algumas pastorais diocesanas. A deste ano aconteceu na manhã do sábado, (27/02), e a Diocese de Santo André, por fazer parte deste grupo, também se fez presente, com mais de vinte representantes, e em especial, do bispo emérito Dom Nelson Westrupp, scj.

O palestrante convidado para a reunião foi o bispo de nossa diocese, Dom Pedro Carlos Cipollini. Ele discorreu sobre o Ano Santo da Misericórdia. Acompanhe a seguir os seus ensinamentos: “O século XX terminou com sérios problemas e o novo século começou, e o que vemos são fatos ainda mais assustadores. Povos são obrigados a sair de seus países. Nunca se teve tanto alimento. Os grãos nascem agora em todos os meses do ano, mas nunca tivemos tanta gente passando fome. Tudo por causa da dureza dos corações. É a economia reinando em detrimento do social. Onde está a misericórdia?”.

O palestrante fez este importante alerta. “De há muito o mundo faz de tudo para tirar Deus da vida dos seres humanos. Os objetos sacros não podem mais ficar expostos. Falar de Deus virou algo fora de moda. Mas se esquecem de que Deus é misericórdia. E sem Deus, ficamos sem a misericórdia final”.

Ele também falou da necessidade de se recuperar o significado da misericórdia. “Grande número de pensadores divulgam a tese de um mundo sem Deus. E muitas pessoas acabam aceitando estas ideias. Indagam que se existe Deus não deveria existir tanta maldade no mundo. Eles não se atem ao fato de São Paulo já ter respondido esta questão, ao explicar que onde o pecado é grande, veremos que a misericórdia de Deus é maior”.

Dom Pedro também afirmou que “Justiça sem amor é vingança. Nossas cadeias são preparadas para a vingança e não para a justiça. Tudo por que a misericórdia passou a ser um tema esquecido. É visto como ingênuo quem acredita na misericórdia de Deus. Portanto, é preciso agora, repensar o tema da misericórdia e dar a sua devida importância de novo”.

O bispo de Santo André perguntou sobre o significado da passagem Mt 5,7 (Felizes os misericordiosos no Sermão da Montanha), e reforçou que “Só perdoa de fato quem é forte. Perdoar não é uma missão para os fracos. Quem está ao lado de Deus consegue amar os inimigos e não só os mais chegados”. Em outro momento disse “Deus nos dá o que necessitamos e não o que pedimos. Deus nos ama, não por que merecemos, mas por que necessitamos do amor de Deus”.

Quase ao final da sua palestra Dom Pedro disse “A Igreja sem caridade, sem misericórdia não é a Igreja de Deus. Necessitamos desta misericórdia. Nosso mundo é desumano para com os enfraquecidos, os doentes”. E que “Ninguém nasce amando. Trata-se de uma decisão a ser tomada em nossa vida. Claro que não podemos consertar o mundo. Quem vai fazer o Reino de Deus é Deus. Nós só podemos e devemos nos preocupar em fazer a nossa parte. Vejam que Santo Afonso se tornou santo sendo porteiro de um convento…”.

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