Como acontece desde 1980, mais uma vez teremos a tradicional Missa dos trabalhadores e das trabalhadoras no dia 1º de maio. Será às 10h30, na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo (Basílica Menor de Nossa Senhora da Boa Viagem).
A missa tem sempre o objetivo de celebrar a memória das lutas da classe operária desde os trabalhadores sacrificados em Chicago (1886) até as manifestações dos dias de hoje e principalmente, da região do Grande ABC que se destacou com suas grandes greves operárias na década de 1980, fato que repercutiu em todo Brasil e em vários outros países.
Naquela mesma década, quando alguns sindicatos sofreram intervenção, muitas igrejas abriram as portas para que os operários realizassem suas reuniões e assembleias e abrigassem as doações de mantimentos a eles enviadas, para fundo de greve. Na época (1979) foi formada na diocese de Santo André, a Pastoral Operária, uma pastoral social a serviço da classe trabalhadora urbana.
Neste ano, a Pastoral Operária realizará uma campanha para denunciar a situação alarmante de acidentes no trabalho, lançando uma questão para reflexão e debates: ACIDENTES NO TRABALHO – CULPA DA VÍTIMA?
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada 15 segundos morre um trabalhador no mundo, devido a doenças e acidentes no trabalho. São mais de dois milhões por ano, sendo a maioria (86%) devido a doenças.
No Brasil, segundo os dados mais recentes do Ministério do Trabalho e Previdência Social, ocorreram 717.911 acidentes no trabalho em 2013 com 2.797 mortes. A minoria (25%) devido a doenças. Esses dados do Brasil referem-se apenas a trabalhadores e trabalhadoras registrados formalmente* (celetistas, temporários, avulsos e outros. No Brasil, temos 48.948.433 trabalhadores/as com vínculos formais). Não entram nesta contagem, empregados e empregadas informais, trabalhadoras domésticas informais, profissionais autônomos, empregadores, militares e estatutários.
Palavra da Bíblia: “E aqueles dezoito que morreram quando a Torre de Siloé caiu em cima deles? Lucas 13, 4
Fonte: Pastoral Operária Diocesana (Antonia Carrara – cel. 98249-7086 (TIM)).