Diocese de Santo André

Parábola da árvore

Jornal Boa Notícia – Abril 2016

Era uma vez uma árvore que tinha um bonito tronco, pelo qual passava a seiva que alimentava seus galhos. Alguns galhos eram fortes, frondosos, outros mais fracos e desfolhados. Mas no conjunto a árvore era bela.

Algumas vezes o vento fazia com que galhos se soltassem do tronco, então eles secavam e morriam. Muitos pássaros vinham comer os frutos da árvore e outros até faziam aí os seus ninhos, depois iam embora. Alguns lenhadores não se contentavam com os galhos secos caídos por terra e traziam o machado para cortar mais. Muitas pessoas vinham fazer piquenique à sombra da árvore deixando aí o seu lixo.

Muitos somente apareciam quando a árvore estava florida na primavera, para tirar fotos, depois iam embora. Outros ainda apareciam somente para apanhar os frutos, nem sequer percebiam como estava a árvore.

Existia um jardineiro que cuidava da árvore em nome de seu dono, algumas pessoas o ajudavam. Afastavam tudo o que pudesse prejudicar a árvore. Colocavam adubo, podavam e principalmente não deixavam que cortassem o tronco da árvore. Estas pessoas amavam a árvore, mas nem sempre seu trabalho era reconhecido ou compreendido.

A chuva e o sol que Deus mandava, faziam a árvore ficar bela e forte. Muitos que passavam perto dela bendiziam a Deus por ter feito algo tão bonito… como a árvore. Até aqui contei uma parábola, mas qual o significado dela?

Esta árvore é nossa Comunidade Paroquial. Lembram-se do que disse Jesus: “Eu sou a videira, vós sois os ramos” (Jo 15,5). O vento que faz os galhos se soltarem são: nossa má vontade, falta de fé e divisões, falta de união e participação. Os pássaros e as borboletas são: os primeiros, os que participam só por um tempinho (até criar os filhotes, e depois se vão), e os segundos, só por um minutos passam por lá! Nunca tem tempo para a comunidade.

Os lenhadores são os que estão aí para cortar e dividir a árvore, digo, a comunidade com seus caprichos, egoísmos e neuroses, sem buscar uma mudança ou melhora. Pois querendo, a árvore tem também poderes medicinais… Os que fazem piquenique, são os que vêm se utilizar da sombra, do nome da comunidade, satisfeitos, se vão.

Os que vêm somente na primavera, são os que aparecem somente em grandes ocasiões, ou em ocasiões especiais, quando se pode aparecer melhor. E os que somente vem apanhar os frutos são os que aparecem somente quando precisam de algo da comunidade.

Os jardineiros são: o padre e todos os agentes de pastoral que assumem a responsabilidade de alguma coordenação, participando ativamente da comunidade. Eles alimentam continuamente a comunidade que é o tronco da árvore, com a união, o amor, a caridade, a comunhão e a prática do Evangelho. São os que tem amor a esta árvore e não querem que ela morra, pois “vivem dela. É nela que está a seiva vital: Jesus e sua graça santificante: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles”. “Fazei isto em memória de mim”, etc.

Na Comunidade está a Palavra, a Eucaristia e a Comunhão Fraterna, os três lugares onde se manifesta Jesus Ressuscitado. Neste Tempo Pascal nada melhor que refletir sobre nosso relacionamento com nossa comunidade… E você onde está em relação á “árvore” da tua comunidade?

+Dom Pedro Carlos Cipollini

Bispo Diocesano de Santo André

 

 

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