Diocese de Santo André

A espera da Felicidade

Iniciamos o período de preparação para o Natal, chamado entre os cristãos de Advento, e com ele nos perguntamos: Será este como todos os outros? Vamos desejar FELIZ Natal, FELIZ Ano Novo, a tantas pessoas, mas o que é a FELICIDADE?

Todos buscamos ser felizes. Não sabemos como alcançar a felicidade, nem onde ela possa estar, mas todos a buscamos. Todos, absolutamente, querem ser felizes. Uns pensam que encontraram sua felicidade de uma maneira, outros de outra. Mas todos estão de acordo em um ponto: no querer ser feliz.

Nós cristãos, às vezes, esquecemos que o Evangelho é uma resposta a esse desejo profundo de felicidade que habita o nosso coração. Nossa tendência é pensar que a fé é algo que tem exclusivamente a ver com uma salvação futura e distante, e não com a felicidade concreta de cada dia, que é a que nos interessa de imediato.

A cultura moderna nasceu com a suspeita de que Deus é inimigo da felicidade. Mas lendo o Evangelho constatamos que Deus quer a nossa felicidade. A nossa fé não propõe vida só após a morte, mas proporciona vida e felicidade antes da morte.

Se a felicidade parece estar sempre naquilo que nos falta, o que é que realmente nos falta? O que precisaríamos encontrar para ser felizes? O Evangelho nos faz justamente o convite a buscarmos “o que nos falta” para sermos felizes. Em Jesus encontramos o que nos falta para sermos felizes.

E o que Jesus nos ensina para sermos felizes? As bem-aventuranças (Mt 5). A primeira coisa que as bem-aventuranças anunciam é que é possível viver a felicidade. Revelam um dado importante: a felicidade não é algo fabricado pelo homem, mas presente de Deus. A felicidade tem sua origem em Deus e a nós cabe acolhê-la, experimentá-la, optar por ela.

As bem-aventuranças não fazem a felicidade depender de nenhum sucesso venturoso, nem de acontecimentos agradáveis que nos possam acontecer. A felicidade brota do Deus encarnado em Jesus Cristo; não é bem-estar e abundância, mas é uma paz profunda, que brota do interior de cada pessoa.

A felicidade de que falam as bem-aventuranças não se deve a uma coisa, a um objeto ou a uma conquista concreta. É uma felicidade que emerge de uma pessoa que vive aberta ao amor, à verdade e à justiça do próprio Deus.

Além disso, as bem-aventuranças nos indicam o caminho da felicidade. Não se trata de buscar coisas ou experiências que satisfaçam nossos desejos imediatos. Nós nos aproximamos da felicidade no aprendizado de libertar-nos e desapegar-nos de tudo e de todos; isto no sentido de não nos fazermos escravos, não sujeitar nosso ser a coisa qualquer, mas nos amar como Jesus amou.

A primeira bem-aventurança sublinha esta atitude fundamental da qual tudo depende. “Felizes os pobres de espírito” (Mt 5,3). As demais bem-aventuranças não fazem senão desenvolver esta primeira. Ou seja: felizes os que vivem com o coração libertado e aberto, pois neles Deus pode reinar e dar a felicidade.

Artigo escrito por Dom Pedro Carlos Cipollini para o Jornal Diário do Grande Abc

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