Diocese de Santo André

Catequese Motivacional e o Encantamento por Jesus são desafios na iniciação à vida cristã de adultos

Quais os desafios para entender o universo dos adultos? Como chegar ao coração do catequizando? Como fazer com que a mensagem e os ensinamentos se transformem em gestos e ações? É preciso de uma organização diocesana com direção unificada para toda a Diocese de Santo André?

Essas foram algumas das questões debatidas durante o 1º Encontro Diocesano de Catequistas com Adultos (Itinerário Catequético Diocesano), que aconteceu no sábado (26/08), no auditório da Cúria Diocesana, no centro da cidade andreense.

Os 80 representantes de seis municípios do ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires) se reuniram em 14 grupos para elencarem os principais desafios da formação na iniciação à vida cristã e posterior evangelização na fase adulta.​

O bate-papo coordenado pelo padre Eduardo Calandro [pároco da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, em Diadema, e atualmente membro da Comissão Episcopal para Animação Bíblico-Catequética da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e também coordenador diocesano da Catequese em todas as modalidades], foi pautado por iniciativas como uma catequese mais motivacional e acolhedora, objetivada pelo encantamento por Jesus Cristo, por meio da perseverança e experiência dos catequistas na conquista dos adultos para o caminho da fé.

A CNBB disponibilizou uma coleção de slides para auxiliar as formações. O material contém cinco apresentações relacionadas à introdução e a cada capítulo do texto. Clique no link para fazer o download: goo.gl/1FN1PC

Para acessar a galeria de fotos do 1º Encontro Diocesano de Catequistas com Adultos da Diocese de Santo André, clique no link: goo.gl/TrFYyq

Confira os relatos dos representantes de cada grupo de discussão:

​Ângela Cardoso Campos (Paróquias Nossa Senhora Aparecida e Sagrada Família – São Caetano do Sul)

“A perseverança, a diversidade dos catequizandos, com escolaridade e experiência de vida, e o porquê do chamado deles, além da motivação na permanência na Igreja, são os principais desafios”

​Cida Bessa (Paróquias São Paulo Apóstolo e Nossa Senhora Aparecida – Mauá; Paróquia Santa Teresinha – Santo André)

“Os catequizandos adultos chegam com muita sede e expectativa. Nós percebemos que eles não vêm somente nessa busca de conhecer a Jesus Cristo, mas também buscar religião. Muitas vezes são espíritas e já passaram por outras religiões e, de repente, vem buscar o conhecimento de como é a Igreja Católica. Temos de fazer com que eles se encantem, realmente, não somente com Jesus Cristo, mas com a religião também, que é a nossa Católica Apostólica Romana.

​Charles Custódio (Paróquias São Judas Tadeu e São José Operário – Santo André)

“Observamos que as pessoas já passaram por outras religiões. Então, eles têm ritos e conhecimento sobre o que os outros falam sobre os católicos. Esse é o grande problema. Você tem que catequizar e explicar o que é a nossa fé, ao mesmo tempo, tem que motivar a pessoa a retornar no próximo encontro. Tem que plantar uma sementinha em cada um. Sobre continuar os encontros, ir na missa, entender o que é a nossa fé”

​Cristina Couto (Santuário Nossa Senhora Aparecida – São Bernardo do Campo; Utinga, Rudge Ramos e São Geraldo – Santo André)

“Elencamos alguns tópicos como ir à missa; o quanto trocam de religiões; o relacionamento em família, comprometimento e motivação”

​Michel Domingos da Silva (Paróquias Santa Joana d’Arc e Matriz – Santo André)

“Temos dois desafios: perdoar da vivência do catequizando ou do catecúmeno, dentro da paróquia, por que muitas vezes a família não o apoia, dar continuidade no experimentar; a falta de comunicação e ligação das pastorais dentro da própria comunidade. Estamos separados, por muitas vezes, e precisamos estar juntos”

​Thiago Henrique Pereira (Paróquias São Camilo de Léllis, Santo Antônio e São João Batista – Santo André; Imaculada Conceição – Diadema)

“Um deles é saber identificar as mensagens que os catequizandos desejam ouvir. Porque para o adulto basta uma mensagem errada e não volta mais para a catequese. Estar preparado para responder essas questões complexas, de modo a mostrar que a Igreja é para todos e que ali encontram conhecimento que tanto desejam e que deve ser passado de modo carismático e bastante próximo. A catequese com adultos é testemunho de vida. Muito mais que doutrina, (o catequista) precisa estar próximo para passar confiança e transformar a catequese em um ambiente bem familiar”

​Nivaldo Gomes Barbosa (Paróquia Nossa Senhora do Rosário – Santo André e comunidades Santa Cristina, Nossa Senhora de Fátima e Aparecida)

“Temos alguns desafios como a perseverança. Os adultos têm dificuldades com horários, o cansaço diário e os compromissos familiares. Muitos chegam de outras religiões e principalmente não conheciam a riqueza da Igreja Católica. E para convencê-los do contrário temos que mostrar quem é a Igreja Católica, e assim promover o acolhimento e o encantamento”.

​Alice Rodrigues Lima (Paróquias São Pedro Apóstolo – Santo André; São João Batista – Rudge Ramos (SBC) Nossa Senhora da Candelária – São Caetano do Sul)

“Acolhida, conquista e encantamento são alguns dos desafios. Perceber o outro e interceder. Uma pessoa que se sinta importante na comunidade. Fazer com que as pessoas permaneçam…Ser um mais um mensageiro do que impor as coisas. Ser um testemunho de vida e presença amável”

​Solange Minichello (Paróquias São Vicente de Paulo, São José Operário, São Felipe Apóstolo – Mauá; Maria Goretti – Santo André e Sagrada Familia – São Bernardo do Campo)

“Encontrar catequistas preparados para a Catequese com Adultos. Só encanta quem já está encantado. Para encantarmos sob Jesus devemos estar encantados sobre Ele. Segundo desafio seria uma organização diocesana com direção unificada para Diocese. Ter uma diretriz, uma base para que possamos adaptar, mesmo com realidades diferentes, todo mundo falar a mesma língua”

​Paulo Duarte (Paróquias Santa Cruz – Santo André e Santa Rita de Cássia – Diadema)

“O desafio maior é desapegar da doutrina. Nosso entendimento hoje é que estamos mais focados na doutrina do que no encantamento. Outra questão é que não estamos preparados dar conta desse desafio, ainda”

​Márcio Silva (Paróquias Nossa Senhora do Paraíso – Santo André e Imaculada Conceição – Mauá)

“Primeiro é a postura dos padres. Muitos não apoiam esse novo método de fazer Catequese. Estão ligados a catequese mais doutrinal e muitas vezes só dão apoio para a catequese de criança e não olham para a catequese de adultos. Muitas vezes você chega com novas ideias num processo de mudança e muitas vezes o próprio padre não aceita. Segundo, como conseguir fazer essa catequese mais humanizadora? Como chegar ao coração do catequizando? Ele já vem com uma história de vida. Como fazer com que a mensagem e os ensinamentos se transformem na vida do adultos em gestos e ação? Tem que ir além do encontro de 1h30”

​Eliana Magalhães Silva (Paróquias São Judas Tadeu – Rudge Ramos (SBC) e Matriz – Santo André)

“Os adultos vão à procura do sacramento. Querem casar. Então, vão para batizar, fazer a Primeira Comunhão e para receber o Crisma. Não querem saber muito do conteúdo e de crescer na fé. Vão simplesmente para casar, pois tem pressa. E faltam bastante. Temos essas dificuldades. Temos que fazer com que eles se encantem na fé. Depende de nós passarmos a espiritualidade, a partir dos nossos exemplos. Cada um tem uma espiritualidade. Explicar para o seu catequizando como você fala com Deus. Essa parte de espiritualidade passar como fazer isso. Eles querem saber como eu rezo, ou seja, passar a nossa experiência”

​Osvaldo Tiago Filho (Paróquias Santíssima Virgem – São Bernardo do Campo; Mãe de Deus – Santo André; Santa Luzia- Santo André e Santo Antônio – São Caetano)

“É difícil de trazer os adultos para participarem dos encontros. Esse é um desafio. Outro é fazer com que eles perseverem, devido a tantas atividades que eles têm família e trabalho. Um outro desafio é que precisamos entender que cada um tem uma forma de entendimento. Precisamos com a nossa didática saber se alguém não está conseguindo acompanhar. Estar atento, senão é motivo forte para que a pessoa deixe de acompanhar nossos encontros. E fazer com que nossos catequizandos se apaixonem por Jesus se torna o principal objetivo”

​Marcos Becker (Paróquias Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – São Bernardo do Campo; Cristo Rei – Diadema e Sant’Anna – Ribeirão Pires)

“Flexibilidade do horário é sempre um grande desafio para se trabalhar com os adultos; outro aspecto é a alfabetização. Muitos adultos ainda não são alfabetizados, boa parte dos apóstolos também não eram…Dá para trabalhar na mesma linha, ou seja, a divulgação da mensagem. Saber o que precisamos melhor? Saber fazer o chamado. Muitas vezes não sabemos fazer um convite, motivar…Nem pedir para reproduzirem o chamado é o que leva a falta de comprometimento. Gerar uma catequese motivacional, continuada e separar catequese do sacramento, esse é outro desafio. A catequese motivacional, a partir da pratica do evangelho, é saber ouvir e vivenciar o diálogo para crescer no relacionamento. Catequese precisamos do abraço, do olhar, do toque e que se transformem em luzes para a nossa missão”.

Reportagem e fotos de Fábio Sales

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