Diocese de Santo André

Padre Contieri: “A escola de cantores e músicos não está a serviço de um grupo, mas sim de toda a igreja universal”

Sacerdote jesuíta destacou importância dos dons e da generosidade na prestação de serviços à comunidade e a Deus, por meio da música e do canto, em palestra realizada na noite de quarta-feira (31/01), no Instituto Sagrada Família, no Jardim Paraíso, bairro da cidade andreense

 

A abertura do 1º Congresso Diocesano de Músicos Católicos, organizado pelo Setor Música da Diocese de Santo André, reuniu aproximadamente 400 pessoas (383 inscritos e inscritas).

Em cerca de duas horas, o padre jesuíta Carlos Alberto Contieri – pároco do histórico Pátio do Colégio há 12 anos, no Centro da capital paulista – dialogou com os músicos, instrumentistas, cantores, compositores e leigos presentes, sobre a “Espiritualidade da Música que Serve a Sagrada Liturgia”, mesclando momentos de profunda reflexão com passagens de descontração sobre a atuação daqueles a serviço da Igreja e o papel das canções nas celebrações como missas e matrimônios.

Em conversa com a reportagem da Diocese de Santo André, o sacerdote exaltou o caráter inovador do evento: “Sobretudo, o fato de existir um congresso destinado à música litúrgica é um valor em si mesmo. De juntar a diversidade de pessoas que trabalham nas mais diferentes paróquias dessa diocese” e valorizou a função da escola de cantores na ação litúrgica: “O que precisa ficar claro para todos nós é que o importante, tendo como pressuposto conhecimento da natureza da liturgia é a preservação da ideia de que a função da escola de cantores é ministerial, isto é, um serviço para o bem de toda a Igreja”.

Ainda de acordo com padre Contieri, a Igreja está a serviço de Deus e de toda a humanidade, por isso, “tendo isso presente, nenhuma vaidade que saia desta finalidade, ou seja, da natureza do serviço, pode ser admitida no interior da eucaristia”. Segundo ele, a escola de cantores, em sua ação na liturgia “tem na linguagem própria do canto transmitir o que Deus é e o que o ser humano é diante de Deus. Neste sentido, a escola de cantores é serviço, não a um grupo, mas serviço à igreja universal. É apoio para que a assembleia mantenha viva o seu diálogo com Deus e possa igualmente, no silencio, escutar o Senhor que fala através do canto e de todos os gestos que compõe a ação litúrgica”.

Ao final do encontro, o sacerdote recebeu uma placa das mãos da coordenadora do Setor Música, Fernanda de Marqui Correia, e do assessor seminarista Guilherme Franco, como forma de agradecimento pela participação no 1º Congresso Diocesano de Músicos Católicos.

 

Sagrado Concílio

Com a missão de fomentar cada vez mais a vida cristã entre os fiéis, o Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, estabeleceu normas para a Sagrada Liturgia, em que determina no capítulo VI, que trata da Música Sacra: “A tradição musical da Igreja universal é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sacro, intimamente unido ao texto, constitui parte necessária ou integrante da Liturgia solene”.

O Sagrado Concílio, fiel às normas e determinações da tradição e disciplina da Igreja, e não perdendo de vista o fim da música sacra, que é a glória de Deus e a santificação dos fiéis, estabelece o seguinte: “A ação litúrgica reveste-se de maior nobreza quando é celebrada de modo solene com canto, com a presença dos ministros sagrados e a participação ativa do povo”.

 

Biografia

Nascido em Valinhos, no interior paulista, Carlos Alberto Contieri completa 25 anos de sacerdócio (Jubileu de Prata Presbiteral) em 2018. Integra a ordem dos jesuítas, fundada pelo espanhol Santo Ignácio Loyola, em 1534. Durante uma década viajou pelo mundo, ao estudar em países como Itália, Bélgica e Israel. Lecionou na FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia), em Belo Horizonte (MG), além de auxiliar a direção e as pesquisas da instituição.

Após um problema de saúde (princípio de infarto e doença nas coronárias), se deslocou para São Paulo para realizar operação e tratamento, em 2005. Desde então, se estabeleceu na capital paulista como pároco da Igreja e diretor da biblioteca e do Museu do Pátio do Colégio e do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

O Pátio do Colégio fica localizado na Praça Pateo do Collegio, 2 – Centro de São Paulo,entre as estações São Bento e Sé do Metrô. Mais informações no telefone: (11) 3105-6899 ou pelo site:  pateodocollegio.com.br

 

Reportagem e fotos: Fábio Sales

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