Diocese de Santo André

Exemplo de trabalho solidário de verdade também acontece na Paróquia Santa Edwiges

Economia Solidária é o modelo de concepção e desenvolvimento da sociedade onde a produção, distribuição, consumo, poupança e investimento são organizados praticando a autogestão, a democracia, a solidariedade, a cooperação, o respeito ao ser humano e ao meio ambiente, com justiça social, ética e sustentabilidade

Dentro deste modelo de economia, é desenvolvido o trabalho solidário. Uma forma de trabalho coletivo, autônomo e que busca valorizar as pessoas, o trabalho humano e o meio ambiente. Ocorre quando as pessoas se juntam para trabalhar em grupo e administram seu próprio trabalho, de forma igualitária, ou seja, sem chefes ou patrões. Várias podem ser as formas de trabalho: artesanato; reciclagem de materiais; costura; construção civil; alimentação; produção de sabões e sabonetes; e muitas outras.

As definições são interessantes, mas o importante e animador é saber que isto acontece na prática.

Existem vários grupos neste tipo de trabalho, que produzem e comercializam seus produtos, dividindo a renda obtida, de forma igualitária, entre seus membros.

O grupo de artesanato da Paróquia Santa Edwiges, em São Bernardo do Campo, realiza este tipo de trabalho. No entanto, não ficam com a renda para si mesmas, mas doam para pessoas empobrecidas da comunidade em que trabalham.

Economia solidária na comunidade

O grupo de artesanato da Paróquia Santa Edwiges tem o nome de Movimento de Amor à Vida e, na verdade, nem admitem que estão praticando uma economia solidária.

Maria Aparecida Romachelli, 78 anos de idade, nos contou as ações do grupo, que é composto por 7 mulheres. Além dela, no grupo estão: a Edna, Aparecida, Sonia, Vanda, Mitiko e Lúcia. Elas produzem artesanato e confecções de grande beleza e qualidade e vendem mensalmente, nos dias 16 de cada mês, no Centro Pastoral da Paróquia.  Os ganhos obtidos com as vendas são divididos da seguinte forma: doam uma parte para manter a Associação Comunitária Santa Edwiges, que é o braço social da igreja; com outra parte adquirem enxovais de bebê para mães da comunidade, que não têm condições de comprá-los. Com o restante, compram os materiais para produzirem suas confecções.

Na Associação Comunitária onde se encontram, são promovidas aulas gratuitas, de pintura em tecido e crochê, com as professoras voluntárias, Silvia, Neuza e Rosa.

Conforme nos relatou Maria Romachelli, muitas vezes elas retiram dinheiro de “seus próprios bolsos” para realizar o trabalho. E acrescenta: “Deus nos dá em dobro”.

Além das atividades de produção e vendas, as artesãs realizam reflexão semanal no “grupo de rua”, com os temas do Subsídio Integrado do Ano Nacional do Laicato.

A Associação tem a supervisão do Padre Cirilo Viana que nos fala sobre o trabalho das 7 voluntárias. São palavras do próprio padre: “Nós consideramos que o trabalho desenvolvido pelo Movimento de Amor à Vida corresponde às expectativas de Santa Edwiges, que na sua época fez opção pelos pequeninos e dedicou tempo e recursos para servir às crianças e suas mães empobrecidas. Também criou locais para acolher crianças, com formação e educação”. Tudo isto faz parte da história de Santa Edwiges, para além de ser considerada padroeira dos endividados, como a conhece a maioria da população.

O Grupo de trabalho solidário Movimento de Amor à Vida atua desde 1993, produzindo peças artesanais com capricho e empenho, para atender às crianças e mães empobrecidas de sua comunidade.

Texto e fotos de Antonia Carrara: jornalista e integrante da Pastoral Operária

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