“Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus” (Rm 15,7).
A acolhida se caracteriza como uma categoria fundamental para o processo evangelizador que forma verdadeiras comunidades de fé, sendo responsável por fortalecer a fé individual e coletiva dos sujeitos. A vida de fé demanda momentos de maior proximidade com Deus, consigo e com o outro. A Igreja, deve ser por excelência a casa da acolhida, da hospitalidade.
No ano do laicato a missão é se fazer acolhida para o outro, sendo ponte e não muro, sendo misericórdia e confiança na bondade humana. Em tempos de tantas divisões e discursos carregados pela marca do ódio e da intolerância é urgente refletir junto às comunidades, pastorais, movimentos e demais organismos eclesiais sobre: O que vem a ser a acolhida? Como fazer uma boa acolhida?Como ir além do gesto mecânico? Como superar um olhar coercitivo que mais assusta e espanta do que acolhe?Como acolher com simplicidade e humildade? Como ver, julgar, agir e celebrar a mística da acolhida e da solidariedade?
As reflexões e as respostas a essas e outras indagações servem de caminho para a construção de uma comunidade mais acolhedora. Da boa acolhida depende todas as demais ações da Igreja. Para ser como convoca o Papa Francisco e também o sínodo diocesano uma Igreja em saída e com o sonho de chegar a todos antes é necessário chegar a quem está perto com o coração aberto e sempre com um abraço acolhedor. Ninguém gosta de estar onde não é bem-vindo!
Ser acolhida de todos, portanto, exige o trabalho contínuo de desenvolvimento de algumas características como ser acessível, disponível, interessado, humilde, paciente, entusiasmado, positivo, autêntico, incentivador, responsável, líder, crédulo, perseverante.
“A palavra acolhida é salvífica e reveladora do mistério de Deus e de sua vontade” (cf. Documento de Aparecida, 172).
Escrito por Jerry Adriano Villanova Chacon