Jovens da Igreja Matriz de São Bernardo do Campo se prepararam ao longo de dois anos para viabilizar ida ao encontro
Faltando quatro dias para o início da JMJ 2019 (Jornada Mundial da Juventude), que acontece entre os dias 22 e 27 de janeiro, na cidade do Panamá, capital panamenha, parte da delegação de 60 jovens da Diocese de Santo André iniciaram as atividades da pré-Jornada nesta quinta-feira (17/01).
Um dos sete paroquianos da Igreja Matriz de São Bernardo do Campo – Basílica Menor de Nossa Senhora da Boa Viagem – que já estão na América Central para participar da JMJ, o analista de sistemas Edmar José dos Anjos de Souza, 30 anos, conversou com a reportagem da Diocese de Santo André sobre a preparação, os desafios e a experiência de vivenciar o maior encontro da juventude católica no mundo.
“É um momento de integração. De nos relacionarmos e rezarmos com jovens de outros países e diferentes culturas. É um pouco do carisma scalabriniano (João Batista Scalabrini, padroeiro dos migrantes) reproduzido no encontro”, revela Edmar, ao lado do seminarista Caíque Machado Correia, que também integra a delegação regional no Panamá.
*
Como foi a preparação e os desafios para participar da Jornada Mundial da Juventude no Panamá?
Há dois anos vivemos o espírito da Jornada, tanto materialmente, quanto espiritualmente. Arrecadamos (os valores para o evento) com a venda de doces ao final das missas, além das rifas e bazar de roupas, tudo isso ao longo de dois anos. Acabou a Jornada de 2016 (na Cracóvia, Polônia), já iniciamos encontros e o planejamento, partilhando e contagiando os jovens a vivenciarem essa missão.
*
Como será o itinerário dos jovens da Matriz de SBC no Panamá?
Vamos fazer a pré-Jornada, também. Ficaremos duas semanas – entre os dias 15 e 29 de janeiro – e estaremos na Paróquia de Colón – segunda maior cidade do Panamá. Iremos participar da primeira semana missionária, com todo o espirito da jornada de levar Jesus Cristo as pessoas. A Jornada não é apenas para a juventude, mas algo que revela essa face de Cristo, esse Jesus jovem que se faz presente. Na sociedade muitas vezes esquecemos de anunciar o Jesus Cristo jovem. Então, a jornada é esse momento de revelar esse Jesus jovem para todas as pessoas. Temos um alvo de participar de eventos. Podemos passear, sim, mas durante o tempo livre e depois das atividades.
*
E como fazer com que o aprendizado adquirido na JMJ seja colocado em prática em cada comunidade?
A Jornada é um impulso do espírito da juventude. De saber que nós não estamos sozinhos. Muitas vezes o jovem desanima na caminhada, porque ele acha que está sozinho. A Jornada é essa oportunidade de (motrar) que existem jovens no mundo inteiro que partilham da mesma fé. Se sairmos daquele evento sabendo que Jesus Cristo está no meio de nós e se conseguirmos cultivar isso em nossa paróquia, com certeza teremos êxito. É para anunciar tudo aquilo que vivemos (na Jornada Mundial da Juventude). E ao final dizermos que foi bom porque encontrei com o Papa (Francisco) e presenciamos Jesus no rosto de todas as pessoas. Se acontecer essa experiência do ‘levar’ e do ‘trazer’, seremos capazes de produzirmos frutos ao longo de um bom tempo na comunidade.
*
E como foi a sua experiência na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013?
Fiquei uma semana no Rio. Mas vivenciamos o espírito da Jornada antes, também, ao recebermos os missionários da cidade de Ímola, da Itália, que ficaram aqui em São Bernardo, durante a semana missionária. Fizemos missão no Riacho Grande, conhecendo outras realidades, das pessoas que moram na periferia e foi um momento enriquecedor, tanto para nós, quanto para eles.
*
Reportagem e foto de Fábio Sales