Santa Gemma nasceu e morreu na Itália, no final do século XIX, foi uma jovem que se entregou inteiramente ao amor de Cristo já em sua infância. Sua mãe faleceu quando ela ainda era criança.
Em 1896, teve uma terrível necrose no pé, que causava agudas dores e a levou a se submeter a uma cirurgia, porém, o que seria comum a nós, ela se recusou: a anestesia! Ela suportou a cirurgia com os olhos fixos em um crucifixo, soltando apenas pequenos gemidos involuntários, ainda sim, pedia perdão por “tamanha debilidade”. Seu pai morreu um ano depois, deixando a família na miséria.
Em 1898, dois anos depois de sua cirurgia, foi acometida por uma grave doença na espinha dorsal, ficando prostrada na cama, com dificuldades para fazer o menor movimento. Com essa doença, seu Anjo da Guarda não a abandonou e a enfermidade serviu para que ela progredisse na virtude de humildade. Também começou a ter uma particular devoção por São Gabriel da Virgem Dolorosa, profundo amante da Eucaristia.
No correr de um ano, para piorar a situação, Gemma foi diagnosticada com um tumor na cabeça, dando-a por desenganada. Ela foi convencida a fazer uma novena a Santa Margarida Maria Alacoque. No último dia da novena, após receber a Sagrada Eucaristia, ela pôs-se em pé, totalmente sã. Gemma não se contentava com o sofrimento, pedia sempre a Jesus que O amasse muito e, em certa ocasião, ouviu uma voz sobrenatural: “Queres sempre amar a Jesus? Não cesses de sofrer por Ele nem um momento. A cruz é o trono dos verdadeiros amantes; a Cruz é o patrimônio dos eleitos nesta vida”.
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Os estigmas
Na véspera da festa do Sagrado Coração deste mesmo ano, Gemma perdeu os sentidos e, ao acordar, tinha em sua presença a Santíssima Virgem, que lhe disse: “Meu Filho Jesus ama-te muito e quer conceder-te uma grande graça, mostrar-te-ás digna dela? Eu serei para ti uma mãe. Saberás tu te mostrar verdadeira filha?”, estendeu o seu manto e a cobriu com ele.
Apareceu-lhe então Jesus e de Suas chagas não saíam sangue e sim chamas ardentes que “em um piscar de olhos essas chamas tocaram minhas mãos, meus pés e meu coração”, disse Gemma. A santa ainda ficou por um tempo sob o manto e sendo beijada por Nossa Mãe, após a mesma desaparecer, sentiu fortes dores nas mãos, nos pés e no coração, de onde escorria sangue. Santa Gemma havia recebido a graça dos Sagrados Estigmas.
Este fenômeno repetia-se toda semana, na quinta-feira à noite, as chagas se abriam ficando assim até às três horas da tarde de sexta. Ficando apenas umas marcas esbranquiçadas.
Gemma teve seu último calvário na Páscoa de 1902. Estava prostrada na cama, sem ingerir alimentos, com uma terrível doença. Só repetia “Não sabeis que sou toda vossa? Jesus só!”
No Sábado Santo de 1903, com apenas 25 anos de idade, encontrou-se com o Amado Deus.
Santa Gemma Galgani, rogai por nós!
*Artigo desenvolvido por Taíse Palombo