A Escola Diaconal São Paulo Apóstolo, da Diocese de Santo André para o diaconato permanente completou recentemente 16 anos de história, em 2019. A escola foi idealizada no episcopado de Dom Décio Pereira. Porém, como seu falecimento ocorreu três dias antes, a abertura aconteceu com o bispo auxiliar Dom Airton José dos Santos.
Atualmente vice-diretor da escola de diáconos, Wagner Innarelli, 70 anos, vivenciou todo esse período, já que completou 14 anos de atuação como diácono, em abril deste ano. O diretor da Escola Diaconal é o Pe. José Pedro Teixeira de Jesus.
Uma turma com 23 candidatos ao diaconato permanente, que cursam teologia, e mais três estagiários está em andamento na Escola Diaconal. Após a finalização do curso, vagas serão abertas para nova turma no ano de 2020.
O diácono permanente é uma vocação da Igreja Católica para o serviço de comunhão e serviço dos irmãos. Se consagra à comunidade eclesial pelo sacramento da Ordem e sua vocação abrange três dimensões: familiar, profissional e eclesial. Auxilia o padre nas celebrações, pode distribuir comunhão, conceder a bênção do Santíssimo, assistir e abençoar casamentos, presidir batizados, realizar exéquias, fazer homilias e celebrações da Palavra.
Informações no telefone: 4177-5548 ou no Centro de Pastoral: 4469-2077.
Quem pode se candidatar ao diaconato permanente?
O Diretório Diocesano do Diaconato Permanente solicita ao candidato o mínimo de cinco anos de vida matrimonial e 35 anos de idade. No entanto, solteiros também podem ser diáconos permanentes. Mas nesse caso, se estiverem pensando no presbitério, o ideal é que procurem a Pastoral Vocacional para iniciar o período de discernimento.
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Como funciona a indicação para vaga na Escola Diaconal?
De acordo com o diácono Wagner, primeiramente a pessoa tem de estar integrada pastoralmente na sua paróquia com seu pároco e com a comunidade, por um período mínimo de três anos de experiência pastoral.
“Na verdade, o pároco que indica a pessoa para entrar na escola. Essa é a primeira ação. Mas a comunidade também deve conhecê-lo para dar o seu sim. É da comunidade que se tira a vocação do diácono permanente”, revela.
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Quantos anos para a formação como diácono permanente?
A princípio, para a formação ao diaconato permanente o período é de quatro anos, mas pode atingir 5 anos, dependendo do período de estágio que pode se estender pelo segundo ano. O primeiro ano compreende o acompanhamento dos candidatos, chamado de período propedêutico, que trata-se do discernimento vocacional. No segundo e terceiro anos, os alunos cursam Teologia integrada a Filosofia, estudando algumas matérias como Teologia Bíblica, Dogmática, Litúrgica e Pastoral, Teologia Moral, História da Igreja, Direito Canônico e Mariologia. Neste biênio, os postulantes ao diaconato participam de atividades propostas pela escola, uma vez por mês.
“Passado esse período, o candidato é indicado para o estágio em uma paróquia diferente da qual estava acostumado a frequentar na sua caminhada pastoral. Nesta fase se trabalha a parte da liturgia do diácono com o bispo, do batismo e do casamento. Meses antes de ser ordenado, o postulante recebe os ministérios do acolitato e leitorato”, explica Wagner.
Para o processo de ordenação são consultados os professores, párocos e as pessoas que acompanharam o curso e os estágios, sendo o candidato submetido à aprovação do Conselho de Presbíteros e, finalmente, pela aprovação do bispo diocesano.
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Quais os conteúdos da formação para o diácono permanente?
O diácono Wagner ainda afirma que os candidatos precisam da aprovação das esposas, em documento por escrito.
“São realizados retiros com as esposas, a fim de que elas saibam o que é o diaconato e qual função os maridos desempenharão na igreja, como um compromisso assumido com Cristo, com a paróquia e com a comunidade”, salienta.
“Por exemplo, no ano passado visitamos as dez regiões pastorais da diocese e neste ano estamos chamando os movimentos que atuam nas paróquias para conhecê-los melhor”, enfatiza o diácono Wagner.
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Neocatecumenato
Uma dessas atividades aconteceu no sábado (27/04), quando o membro da Arquidiocese de São Paulo, Eduardo Scrivano Neto, da Paróquia Santa Margarida Maria, na Vila Mariana, apresentou o itinerário de formação cristã denominado caminho neocatecumenal, que está presente na Diocese de Santo André desde o ano de 1993, sendo os estatutos aprovados pela Santa Sé, em 2008.
“Definimos essa ação conforme o estatuto e as palavras de São João Paulo II, que após visitar os cinco continentes, as paróquias de Roma e ter um contato mais próximo com as comunidades catecumenais chegou a uma definição, ao reconhecer o caminho catecumenal como itinerário de formação católica válido para os dias de hoje. Com uma linguagem atual, não doutrinal, mas querigmática, que possa chegar a vida de todas as pessoas”, explica.