Diocese de Santo André

“Vamos sair melhores dessa pandemia”, diz Pe. Alex, que venceu a Covid-19

A Diocese de Santo André apresenta nesta quinta-feira (30/07) o sexto capítulo da série especial “Curados para Amar”, que reúne depoimentos de pessoas que superaram as adversidades e venceram a batalha contra a Covid-19.

Nesta edição, o convidado é o Pe. Alex Sandro Camilo, pároco-reitor do Santuário Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Paulicéia, na Região São Bernardo – Rudge Ramos.

O sacerdote revela os momentos de angústia e medo após saber do resultado positivo, quando chegou até a pensar na possibilidade da morte, o apoio da família, amigos e da comunidade, além das lições para que a humanidade entenda o recado deste difícil período. “Vamos sair melhores dessa pandemia. Amando mais, perdoando mais, querendo bem as pessoas, fazendo o bem para o próximo. Porque isso que nos marca e isso que marca o coração de Deus e o coração das pessoas”, enfatiza Pe. Alex, que também exerce a função de ecônomo na Diocese.

Tempos difíceis

Antes de iniciar o seu testemunho, Pe. Alex alerta sobre a gravidade da situação pela qual o Brasil atravessa diante da pandemia, que já vitimou mais de 90 mil pessoas e ultrapassou a marca de mais de 2,5 milhões de casos confirmados. As pessoas curadas da Covid-19, como o presbítero, já somam quase 1,8 milhões. “Não é uma gripe ou um simples vírus. São vidas que importam, com histórias”, frisa. Pe. Alex teve os primeiros indícios da doença no dia 26 de maio. Assim como muitos pacientes, febre, dores de cabeça e pelo corpo, diarreia intensa sinalizaram para o sacerdote, a preocupação com a saúde e a necessidade de ir ao médico. O teste positivo para o novo coronavírus causou impacto imediato.

“Não tem como você não pensar na morte. A gente acaba pensando na morte. Cada pessoa tem uma reação. Um quadro clínico diferente. Pensei muitas vezes na possibilidade de morrer. É uma angústia. Um momento bastante difícil. Medo, ansiedade de não saber o que fazer. Num primeiro momento tive bastante medo, ansiedade e pensei muitas vezes na possibilidade da morte”, confessa.

Volta por cima

Além das limitações físicas numa internação, os sintomas emocionais desafiam os pacientes a todo instante. “Ficar preso num quarto, sem ver ninguém é muito difícil. Apesar de rezarmos e nos encontrarmos com Deus, o isolamento traz a solidão e uma grande dificuldade de enfrentarmos a Covid-19”, salienta. Neste sentido, o apoio da família foi fundamental. “Duas irmãs, a Sandra e a Luciane, vieram para casa justamente para cuidar de mim e cuidar de outra pessoa, que estava em casa e acabou falecendo da Covid-19. Elas cozinhavam, lavavam as roupas e ainda cuidavam dessa outra pessoa”, conta Pe. Alex, ao revelar que ambas também contraíram a Covid-19, mas se recuperaram durante a quarentena.
As mensagens e ligações dos amigos, da atual comunidade e de outras pelas quais percorreu durante o sacerdócio e até de pessoas que se solidarizaram neste momento foram combustíveis para sua recuperação.

Preserve vidas

Diante de todas as orientações já conhecidas como a utilização de máscaras, álcool gel, higienização das mãos, dos calçados e dos produtos, a principal ainda é ficar em casa e evitar sair desnecessariamente.”Pior do que ficar em casa é ficar numa UTI como eu fiquei tendo a chance de ser entubado. Uma situação terrível. Por isso, preserve a sua vida e também a vida do outro”, reflete Pe. Alex.

Repensar as ações

Superando as dificuldades e vencendo a doença, Pe. Alex chegou a conclusão durante o período de internação que precisamos muito de Deus e pouquíssimo das coisas materiais. “Às vezes ficamos lutando, trabalhando de modo desenfreado e quando chega um vírus, uma doença dessa, de repente a nossa vida se vai e nós não vivemos como deveríamos viver”, alerta.
A receita é simples: acreditar sempre em Deus e valorizar os pequenos momentos com a família, amigos e comunidade.
“É preciso ter fé e esperança de que tudo isso vai passar. Vamos sair melhores dessa pandemia. Amando mais, perdoando mais, querendo bem as pessoas, fazendo o bem para o próximo. Porque isso que nos marca e isso que marca o coração de Deus e o coração das pessoas”, projeta.

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