Diocese de Santo André

Dom Pedro: praticar o amor serviço ao próximo é a missão dos cristãos

“Rezemos hoje acreditando na ressurreição, como diz São Paulo: “Aqueles que se assemelham a Cristo vivendo o mandamento do amor na concretude do dia a dia, ressuscitarão gloriosos com Ele. Porque Cristo é o vencedor do último inimigo da humanidade, que é a morte. E quem com Ele amar e servir, com ele vai ressurgir.” Na Solenidade de Cristo Rei e no Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas, o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, recordou na manhã de domingo (22/11), a importância do amor serviço ao próximo, durante a Santa Missa celebrada na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade andreense.

Atitude concreta dos cristãos

Com o tema: “Testemunho e profecia a serviço da vida”, o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas organizado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) neste ano de 2020 traz uma reflexão proposta na Segunda Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 15,20-26.28), que diz: “quando todas as coisas estiverem submetidas a Ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos”, reforçando que um dia a humanidade entrará no dinamismo desse amor, quando Jesus entregará a história redimida ao Pai. “E nessa tarefa nós todos somos chamados a atuar, todos os batizados, os cristãos leigos e leigas que pelo batismo assumiram a tarefa de ser missionários do Reino de Deus, que não é um lugar, é um modo de vida. Você entra no Reino de deus quando você vive o evangelho, do amor serviço ao próximo, que é o melhor modo de glorificar a Deus”, enfatiza Dom Pedro, que também é presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da CNBB.

Amor a serviço da vida

Na meditação do 34º Domingo do Tempo Comum, que encerra esse tempo litúrgico e faz a transição para o Tempo do Advento, que se inicia no próximo domingo (29/11), o Evangelho de São Mateus (Mt 25,31-46) nos fala do amor, que deve ser traduzido em gestos concretos, de serviço aos irmãos. “O amor a Deus vem em primeiro lugar, acima de todas as coisas, mas na ordem prática do dia a dia, o amor ao próximo vem primeiro. Por quê? Não se pode dizer que ama a Deus, a quem não vê, quem não ama o irmão que vê. Está na na carta de São João

Dom Pedro relata que não há outro caminho para chegar ao amor verdadeiro de Deus, amá-lo e servi-lo sem passar pelo amor aos irmãos. Segundo o bispo, esse é um exame que nós devemos prestar com o tema: o amor serviço ao próximo. “Jesus especifica que esse amor é concreto. É um amor serviço em favor da vida. Deus é o autor da vida e nós vemos que a vida é ameaçada em várias frentes”, avalia.

Tempos de muitos desafios

“Quando Jesus diz aqui, no evangelho: estive com fome, Ele pode dizer hoje: nunca a humanidade teve tantos recursos para produzir alimentos, mas também nunca teve tanta gente com fome. Milhões de pessoas! Sede, quanta gente não tem água potável, porque a água está envenenada, por causa da ganância na exploração dos mananciais, da terra”, reflete Dom Pedro. O bispo prossegue: “a vida é ameaçada quando Jesus fala da prisão. Quantas pessoas prisioneiras, o Brasil é um dos maiores em número de prisioneiros, muitos presos injustamente ou com tempo de prisão vencido. Mas estão lá por falta de julgamento e as nossas prisões não são para recuperar a pessoa. É um castigo para acabar com elas”, critica.

“Quando Jesus fala em estrangeiros, quanta intolerância presente no mundo com os estrangeiros, em muitos lugares onde são perseguidos e mortos”, emenda.

União de esforços

No Evangelho de Mateus, Jesus quando fala deste rei, que é Ele mesmo, que julgará os vivos e os mortos, nos coloca uma realidade questionadora: seremos salvos pelo amor! “O mandamento maior é o amor, mas esse amor ele deve ser traduzido em coisas concretas. Não é uma fumaça perfumada, mas é uma realidade que nos chama a pôr os pés no chão”, avisa Dom Pedro.

De acordo com o bispo, durante os tempos de pandemia testemunhamos diversos gestos de solidariedade, amor, partilha e compaixão, principalmente daqueles que atuam na linha de frente para salvar vidas, que servem como exemplo para construirmos uma sociedade melhor para se viver. “Nesta situação de dificuldade que passamos em todas as frentes precisamos tanto de uma união de esforços entre nós e de todas as forças vivas do país para contornar essa crise”, conclama.

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