Diocese de Santo André

Dom Pedro: “Somos chamados a viver a santidade nas atitudes do dia a dia”

“Se a santidade é modelo de plenitude humana da felicidade verdadeira, porque não colocarmos essa meta para nós, mesmos? Santo não é quem faz milagre ou coisas extraordinárias, mas quem vive em plenitude a fé, a esperança e a caridade no dia a dia da vida.”

Na Solenidade de Todos os Santos realizada neste domingo (1º/11), o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini refletiu durante a celebração na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro do município andreense, sobre as características de ser santo no cotidiano, por meio da comunhão com Deus, testemunhando o evangelho e acolhendo o chamado a santidade neste Ano Vocacional Diocesano.

O que é ser santo?

“O que é a santidade? Não é fazer milagres coisas extraordinárias. É a perfeição da caridade, que é glória de Deus e serviço ao próximo. A igreja peregrina feita de santos e pecadores nos convida hoje a olhar a verdade profunda de cada pessoa. Por de trás de cada um de nós, se esconde um santo ou uma santa em potencial. Precisamos desenvolver! No batismo recebemos a semente da santidade. Precisamos cultivá-la”, orienta Dom Pedro.

O Concílio Vaticano II (realizado entre 1962 e 1965) nos fala do chamado universal a santidade; Deus é santo e santifica a sua Igreja, a Igreja santa se manifesta na vida dos fiéis.

“Sim, você pode ser santo ou santa! Nós cremos que cada pessoa nasce para realizar o sonho que Deus tem para ele ou ela, e que nosso lugar é insubstituível nos planos de Deus. O santo é quem descobriu esse destino e realizou, ou melhor, deixou Deus realizar nele, a santidade. Deixando que Deus tomasse conta de sua vida”, acrescenta.

Relação com Deus

Durante a homilia do 31º Domingo do Tempo Comum baseada no Anúncio do Evangelho de Mateus (Mt 5,1-12a), na Primeira Leitura do Livro de Apocalipse de São João (Ap 7,2-4.9-14) e na Segunda Leitura da Primeira Carta de São João (1Jo 3,1-3), Dom Pedro fez uma breve reflexão sobre nossa relação com Deus.

“A maior parte de nós se doa a Deus, como se doa um terreno, mas nunca passamos a escritura, de medo do que Deus pode fazer com o terreno. O santo é aquele que deu o terreno de sua vida e passou a escritura para que Deus fizesse o que lhe aprouvesse”, medita.

O bispo continua: “A santidade que celebramos é a santidade de Deus. Ser santo é ser seduzido por essa santidade de Deus, que se manifestou em Jesus Cristo e deixar se contagiar por essa santidade”, revela.

Figura humana

Dom Pedro enfatiza que o santo é tudo de mais belo e nobre que existe na natureza humana. “Todos querem ficar perto do santo. De uma pessoa santa. Em cada um de nós existe a saudade, desejo de santidade, de recuperar a inocência original […] É necessário tirar os santos das alturas e coloca-los no meio de nós, pois eles viveram no cotidiano. Entre luzes e sombras souberam escolher o amor, escutemos os santos e sigamos os seus exemplos, pois eles nos ajudaram a atingir a plenitude da felicidade”, destaca.

Referências de santidade

O pastor da Igreja Católica no Grande ABC explica que os santos não praticam penitências exageradas ou são pessoas severas. Pelo contrário. São cristãos que acreditaram no projeto de Deus, num mundo de amor, de justiça e de paz. Ele cita alguns exemplos:

“São Pedro, através de sua fé firme como a rocha; São Francisco de Assis, com sua alegria que evangeliza; São Paulo, com seu espírito missionário; Santa Teresinha, no abandono em Deus; Santa Gemma Galgani, no seu amor a cristo crucificado; Santo Expedito, na decisão firme e constante de seguir Jesus; e Santo André, no espírito de acolhida fraterna”, conclui.

Missas na Catedral

Como acontece nas manhãs de domingo, desde a reabertura para missas presenciais em julho deste ano, a celebração foi presidida por Dom Pedro e concelebrada pelos padres Flávio José dos Santos (vigário da Catedral) e Camilo Gonçalves de Lima (secretário episcopal), com transmissão pelas mídias diocesanas Facebook e YouTube.

Na Catedral do Carmo, as celebrações com povo retornam durante a semana, de segunda a sexta, às 18h; aos sábados, às 16h; e aos domingos, às 8h, 11h e 18h. Lembrando que as missas ocorrem com capacidade máxima de 100 pessoas, (30% da lotação da igreja) respeitando as regras de distanciamento social e cuidados de higiene, com máscara e álcool gel.

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