Diocese de Santo André

Comissão Justiça e Paz e Pastoral da Saúde emitem nota sobre o momento atual de pandemia

A Comissão Justiça e Paz e Pastoral da Saúde do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgaram nota nesta quarta-feira, 16 de dezembro, na qual se manifestam sobre o momento atual de pandemia.

Confira abaixo a íntegra do documento.

Leia a íntegra da carta: aqui

A pandemia de COVID 19 exige responsabilidade, solidariedade e vacinação já!

A pandemia de COVID 19 é a maior tragédia humanitária desde a II Guerra Mundial. No mundo, são mais de 1,5 milhão de mortes; no Brasil, mais de 180 mil; e no estado de São Paulo nos aproximamos de 45 mil. Famílias sofrem com a perda de seus entes queridos, assim como as 70 milhões de pessoas que adoeceram em todo o mundo, muitas das quais com gravidade, longos períodos de internação e sequelas. Após um período de queda em novos casos e mortes, eles voltaram a crescer, com riscos reais de colapso do sistema de saúde.

Temos também uma crise social: milhares de empresas foram fechadas; no Brasil, o índice de desemprego atingiu 14,4%, o maior da série histórica do IBGE iniciada em 2012 – são 13,5 milhões de desempregados; ao todo, são 79,141 milhões de pessoas fora do mercado formal de trabalho e uma queda no trabalho informal estimada em 25,8% em um ano; a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e Caribe prevê que, em 2021, 231 milhões dos 656 milhões de habitantes da região estarão em situação de pobreza (o maior patamar desde 2005). A pandemia não atinge igualmente a todos: ela exacerbou e escancarou as desigualdades sociais estruturais da sociedade
brasileira. Os mais pobres e excluídos são os mais afetados, tanto em termos de saúde como socioeconômicos. Por sua vez, os bilionários brasileiros enriquecem ainda mais durante esta crise.

Um ano depois do primeiro caso de COVID-19 no mundo, não restam dúvidas sobre quais são as medidas exigidas para conter o avanço dessa tragédia: uso de máscara, higiene rigorosa das mãos e distanciamento social; garantia de testagem em massa e atendimento universal, equitativo, rápido e eficaz da rede de saúde; urgente início da vacinação; manutenção e ampliação de políticas sociais e econômicas para garantia de renda, manutenção de empregos e preservação de empresas.

Não podemos ser indiferentes. Por um lado, temos o dever de adotarmos todas as medidas preventivas para a preservação da saúde individual e da saúde pública; Por outro, devemos denunciar o negacionismo e a inépcia de governantes que, por sua ação ou omissão, contribuem para mais e mais mortes e sofrimento. Cobremos que cumpram com seus deveres, em especial o início imediato da vacinação.

A tragédia humanitária que enfrentamos, portanto, exige: muita responsabilidade individual; o reforço das ações de solidariedade com os mais necessitados; e que sejamos vozes proféticas em defesa da vida e dos direitos humanos.

São Paulo, 15 de dezembro de 2020

Comissão Justiça e Paz e Pastoral da Saúde

Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Compartilhe:

JUVENTUDE E ESPERANÇA

Entrevista de Dom Pedro para a Diocese de Campo Limpo aborda nova etapa da caminhada sinodal

“O amor pode tudo, porque o amor é o próprio Deus”: Domingo de Ramos no Santuário do Bonfim reúne fiéis em caminhada de fé e esperança

“Peregrinos da esperança”: manhã de espiritualidade reúne coordenadores da Pastoral da Acolhida

Padre Jean se pronuncia na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo em defesa da missão da Igreja

Juventude diocesana anima a casa da Mãe Aparecida na Peregrinação do Jubileu da Esperança

Sete anos da Constituição Sinodal: um caminho de fé, escuta e missãoSete anos

VIOLÊNCIA DE CADA DIA

nomeacoes

Decretos e provisões – 02/04/2025

Retiro do Vicariato para a Caridade reforça que servir é deixar-se habitar por Deus