Completando o Jubileu de Ouro em 2021, o Mês da Bíblia segue meditando durante setembro, a Carta aos Gálatas com o lema: “pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus” (Gl 3,28d). A Carta de São Paulo aos Gálatas é uma das melhores reflexões bíblicas sobre a liberdade humana e a força libertadora da fé em Jesus Cristo. A partir do Batismo e do revestimento de Cristo, todos somos “filhos de Deus” em unidade. Essa unidade é promovida na diversidade na Diocese de Santo André, localizada no Grande ABC, uma região repleta de diferentes realidades nas sete cidades. Uma fonte de inspiração é o 8º Plano Diocesano de Pastoral (2018-2022), por meio dos itinerários de acolhimento, missão, formação, oração e de espiritualidade alinhados com o objetivo proposto pela Carta aos Gálatas: da comunidade de fé se tornar um só corpo à luz da Bíblia e colocar a Palavra de Deus em prática, por meio de ações e gestos concretos.
“Eu era migrante e tu me acolhestes”
Exemplo dessa prática é o CAMSA (Centro de Apoio ao Migrante de Santo André), que faz parte da missão scalabriniana a serviço dos migrantes na diocese, cuja acolhida se dá de maneira integral, independente de religião, etnia e idioma, trazendo a realidade de irmãos que saíram dos seus países em busca de melhores condições de vida e promovendo a espiritualidade do Cristo migrante, através de cursos e oportunidades de trabalho. “Acreditamos que, dessa forma, estamos concretizando o Evangelho de Jesus Cristo: “Eu era migrante e tu acolhestes” (Mt, 25, 35)”, enfatiza a coordenadora da Pastoral do Migrante e do CAMSA, Helena Teodoro.
“Catequese ajuda na integração com as famílias”
A Catequese é responsável pela introdução dos batizados na iniciação à vida cristã. Dentro dessa caminhada, catequistas adotam a criatividade e várias formas de levar o Evangelho aos irmãos. “Quando na catequese com crianças e jovens conseguimos chegar aos pais, estes também se animam e buscam fortalecer sua educação na fé, participar da comunidade e criar em suas famílias momentos de oração. De certa forma, a catequese à distância devido à pandemia, tem ajudado nessa integração com as famílias”, destaca a catequista na Paróquia São Benedito, na Região São Bernardo – Anchieta, Isabel Cristina Corsi Janota Pellegrino.
“Ver o Cristo naquele a quem se acolhe”
A Pastoral da Acolhida é conhecida por ser a porta de entrada da Igreja. Um bonito gesto nesta pandemia é a articulação da Pastoral de Conjunto, que uniu muitos voluntários com o objetivo de reavivar a Palavra de Deus nos corações e mentes. “A acolhida não se trata apenas de acolher na porta da igreja, e sim de uma atitude cortês e incisiva de quem vê não só o exterior de quem é acolhido, mas é capaz de ver o Cristo naquele a quem se acolhe, seja na paróquia ou em missão na comunidade”, salienta a coordenadora da Acolhida da Região Santo André – Leste e da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Maria Aparecida de Lima Ribeiro.
“Doação aos irmãos através da oração”
Durante a Santa Missa, nos alimentamos da Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã, e da Palavra de Deus, que nos prepara para a missão da Igreja em saída. “Em março deste ano, tocados pelo grande número de internados devido à pandemia da Covid-19, sentimos que, como cristãos, deveríamos fazer algo por esses irmãos. E, naquele momento, o que tínhamos para doar era nossa oração. Organizamos um pequeno grupo, que cresceu, e fomos orar em frente ao Hospital de Campanha da UFABC- Santo André”, revela a coordenadora de Liturgia da Região Santo André-Utinga e da Paróquia Santa Maria Goretti, Tatiane Schiavini Odlevati.
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