Diocese de Santo André

Paróquia São Pedro em Mauá celebrou 60 anos de bons frutos

A Paróquia São Pedro da Vila Guarani, em Mauá, foi erigida canonicamente no dia 19 de Março de 1962, por iniciativa do primeiro bispo da Diocese de Santo André D. Jorge Marcos de Oliveira.  Dois dias depois, o Bispo presidiu solenemente a chegada da imagem de São Pedro levada ao terreno onde seria, posteriormente, construída a igreja.  A criação da paróquia São Pedro foi aclamada como um importante acontecimento no crescimento da Igreja em Mauá e da Diocese de Santo André que fora criada apenas 08 anos antes, trazendo grande alegria para o povo católico.  Ocupando uma parte importante do território da cidade, a nova paróquia respondia ao anseio de promover a presença da Igreja nas regiões periféricas em crescimento neste momento. A primeira preocupação do Padre José Jukens, primeiro pároco, foi de criação da estrutura física, pois, não havia igreja paroquial e mesmo o terreno teve de ser adquirido para a construção da mesma. Após adquirido o terreno foi plainado para a construção de uma cobertura a fim de abrigar a celebração da missa. O esforço participativo da comunidade provendo quermesses e campanhas de arrecadação demostrava o entusiasmo reinante.

As duas primeiras associações religiosas, Filhas de Maria e Congregados marianos foram fundadas durante a primeira Festa de São Pedro no dia 29 de Junho de 1962.   Assim, a vida paroquial se encaminhava para um crescimento incrementado pelas Santas Missões promovidas pelos Redentoristas de 20 de Abril a 06 de Maio de 63, as fotos da época revelam um povo tomado pelo fervor quando durante as missões, recepcionaram a imagem de Nossa Senhora Aparecida que acompanhava os missionários. O Crescimento visando o futuro, passava na compreensão do pároco, por uma organização da catequese infantil que já contava com duzentas crianças que ao terminar a missa recebia a formação catequética, o que levou a uma divisão da paróquia em doze setores.  Todo este trabalho sempre acompanhado pelo Bispo diocesano que diversas vezes animava o povo com sua presença, quando já soprava sobre a Igreja os efeitos dos bons ventos do Concílio. Foram párocos, na sequência, os padres Heitor e José Bredin.

A partir dos testemunhos de antigos paroquianos se sabe que nos anos setenta a paróquia se caracterizava pela presença valiosa da juventude, incentivada pelos padres. A tradicional festa de São Cristóvão que resiste ao tempo, teve início neste período.

O início da década de oitenta foi marcado pela chegada dos freis Franciscanos da província do Rio Grande do Sul, solicitados por D. Claudio e sob o impulso de uma Igreja profundamente inspirada pela opção preferencial pelos pobres e pelas causas sociais. Durante três anos os freis Nelson Muller, Paulo Labres e Flavio Guerra estiveram à frente do pastoreio paroquial. De forma muito clara a paróquia assumiu um protagonismo apoiado na formação dos agentes pastorais, de novas comunidades ao modelo das Comunidades Eclesiais de Base, na Pastoral Operária e no esforço de promover melhorias nas condições sociais e estruturais, por meio de Associações de Amigos de Bairro. Com a preocupação de viver uma pastoral da periferia se promovia o estudo da Bíblia e as temáticas apresentadas pelas Campanhas da Fraternidade. Destacava-se, igualmente, o clima de comunhão entre as paróquias nas muitas atividades promovidas.

Na sequência dos franciscanos, o Pe. Vidal Enriques, pertencente a uma sociedade missionária espanhola assumiu o pastoreio da São Pedro sendo seu companheiro de missão o Pe. Angelo Belloso que assumiu a Paróquia São Paulo. Pe. Vidal teve como vigário, posteriormente, o Pe. Paulo Bezerra de Carvalho.

A vida paroquial não sofreu grandes alterações.  A casa paroquial se tornou espaço de formação do Seminário Diocesano e a presença dos seminaristas, alguns da paróquia, como José Soares (Pe. Zezé), se tornou um reforço para a ação pastoral. O incremento das Pastorais Vocacional e da Juventude valorizou a presença da parcela mais numerosa da população de então.  Surgiram novas comunidades e foram construídas capelas para abrigar suas atividades.  A catequese era acompanhada por religiosas que trabalhavam com a intenção de aperfeiçoar o método catequético e trocar experiências.  Houve uma frutuosa difusão dos grupos de rua. O dizimo passou a ocupar atenção no conjunto das atividades pastorais.

O clima da vida pastoral marcava profundamente a todos, mesmo D. Claudio como ele mesmo relata em uma vista pastoral: “tocou-me de modo particular a visita que fizemos à comunidade do Jardim Independência, que se reúne numa casa simples de dois cômodos cedida pelo proprietário. A comunidade estava reunida quando ali cheguei. Gente simples, muitos pobres, superlotavam o pequeno espaço. Falaram-me de suas lutas, de suas esperanças, de sua fé. Animei-os para valorizarem muito sua comunidade e sua fé em Jesus Cristo. Naquele momento, eu tive a impressão de que assim tinham sido as primeiras comunidades cristãs dos tempos apostólicos”.

A preocupação pastoral suscitou em 1998 a criação da Paróquia São João Batista, desmembrada da São Pedro. Os anos noventa tiveram a marca dos padres Osvy, José Soares Rodrigues (Zezé) e José Matheus. O grupo de Oração da renovação carismática católica tornou-se referencial para a região atraindo sempre uma participação expressiva.

Em 2006 a vida Pastoral da São Pedro foi confiada aos Religiosos de Sion, representados no início, pelos padres Manoel Miranda e Paulo Antonio Alves.  Igualmente esteve a frente da paróquia o Pe. José dos Reis Francisco, contando com a presença de outros religiosos e formandos da congregação que se somaram ao longo do tempo, dando sua valiosa contribuição. Muitos acabaram por celebrar na paróquia suas ordenações.  Uma marca da animação da vida paroquial, neste momento, foi a reforma da Igreja matriz São Pedro, terminada em 2008, e um grande empenho para oferecer um quadro formativo por meio de cursos de teologia para leigos e formação bíblica. No decorrer do tempo várias capelas das comunidades passaram por reformas (Nossa Senhora Aparecida, Santa Margarida, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Cristo Rei, além do grandioso salão paroquial).

Em 2017 uma segunda paróquia, Jesus Bom Pastor surgiu da junção de três comunidades da Paróquia São Pedro e outras três da paróquia São Felipe Apóstolo.

O sínodo diocesano foi intensamente vivido nos anos 2017 e 2018. Em resposta à convocação do Bispo Diocesano D. Pedro Carlos Cipollini o Conselho Pastoral Paroquial foi provocado a promover a atuação em novos campos pastorais, como a pastoral da Comunicação.

O flagelo da pandemia de Covid 19 que atingiu o mundo em 2020 tornou manifesta, mais uma vez, o a maturidade da vida paroquial. Os laços foram mantidos apesar da ausência física, a responsabilidade da manutenção continuou a ser partilhada pelos paroquianos, a vida pastoral se adaptou aos revezes impostos pela pandemia. Não diminuiu o fervor da fé e da esperança daqueles que aqui celebram sua fé. A assistência às famílias atingidas pela crise econômica se intensificou, com triplicação dos assistidos pela pastoral social, impulsionada pela generosa doação dos paroquianos.

No último 20 de Março, na presença de D. Pedro Carlos Cipollini, foi esta rica história que apresentamos ao altar junto com a Eucaristia, mais uma vez renovando o vigor da fé nestes tempos de retomada da vida pa

storal.

Estavam presentes na celebração Padre Camilo (secretário episcopal), Padre Carlos e Padre Donizete , superior da congregação dos Religiosos de Sion.

O bispo celebrou o jubileu fazendo referência ao Evangelho do dia “Esta paróquia está fazendo 60 anos e ela pode ser comparada a uma floresta de arvores com bons frutos, muitos frutos deram dessa comunidade. Dom Jorge, primeiro bispo diocesano, criou a paróquia e os padres que por ali passaram foram trabalhando ao lado do povo de Deus, pois tudo que temos aqui é fruto desse trabalho. Por isso a comunidade precisa ser cultivada pelo amor de cada membro da paróquia, pois aqui é a família de Jesus, uma família na fé e no batismo.”

        “Sob a proteção do Apostolo São Pedro continuamos a escutar Jesus que nos chama para promover o Reino por meio da acolhida e da missão.” Pe. Valdenicio Antonio da Silva, NDS.

 

 

Fonte de pesquisa: Livro tombo da Paróquia São Pedro Apóstolo

Pe. Valdenicio Antonio da Silva, NDS.

Compartilhe:

Mensagem do Bispo Dom Pedro Carlos Cipollini para a Diocese de Santo André

Dom Pedro Carlos Cipollini celebra 9 Anos na Diocese de Santo André

Homilia, Missa do Jubileu Diocesano 70 Anos da criação da Diocese de Santo André

Ginásio lotado com mais de 7 mil pessoas marca celebração dos 70 anos da Diocese de Santo André

Catedral diocesana celebra sua padroeira

Padre Toninho assume nova missão na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora

Jovens Sarados comemoram 15 anos com missa presidida pelo bispo diocesano

ENCONTRO CHEGA AO FIM COM REFLEXÃO SOBRE PERSPECTIVAS PARA A AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL

PARTICIPANTES DE ENCONTRO DESTACAM PROPOSTA DE SINODALIDADE NA AÇÃO PASTORAL DA IGREJA

“O COORDENADOR DE PASTORAL É UM MEDIADOR DA GRAÇA DE DEUS E PROMOVE A COOPERAÇÃO NA COMUNIDADE”, DISSE NÚNCIO APOSTÓLICO