Diocese de Santo André

Maria: a Mãe de Jesus

Mensagem do Bispo por ocasião das Festividades de Nossa Senhora do Carmo, padroeira de nossa Catedral

Neste mês, celebramos a padroeira de nossa igreja Catedral Diocesana, Nossa Senhora do Carmo. Meditemos sobre o papel de Maria na história da salvação. Entre os santos de Deus, está em destaque Maria, mãe de Jesus (Mateus 2,1; Marcos 3,32; Lucas 2,48; João, 19,25).

É com a Bíblia na mão que a chamamos bem-aventurada. O povo louva Maria porque Deus a escolheu para ser mãe de seu filho Jesus, nosso único salvador. O culto a Maria se funda na Palavra de Deus: “Isabel cheia do Espírito Santo exclamou: bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou porque vai acontecer o que o Senhor
lhe prometeu”(Lucas 1,41-42;45). O Espírito Santo inspira Isabel para reconhecer Maria como santa.
Maria recebeu de Deus a plenitude da graça e por isso é saudada pelo Anjo como “cheia de graça” (Lucas 1,28). A Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé. O povo ama seu filho Jesus Cristo, “autor e consumador da fé” (Hebreus 12,2). Ama sua mãe, fiel discípula, a primeira que nele acreditou, aderindo ao plano de Deus, desde a anunciação do Anjo.
A devoção à Virgem Maria faz parte do culto cristão. O culto a Maria, porém, mesmo sendo singular, é diferente do culto que se presta à Santíssima Trindade. A Deus Uno e Trino – Pai, Filho e Espírito Santo – nós adoramos. Enquanto a Maria, nós veneramos. Este culto de veneração se justifica porque ela é reconhecida como Mãe do Filho de Deus, pois é saudada como “a Mãe do meu Senhor” (Lucas 1, 43). O Concílio de Éfeso (ano 431) reconheceu Maria como Mãe de Deus: Mãe de Jesus, o Deus encarnado.

Maria não nos afasta de Jesus; pelo contrário, indica o seguimento de seu Filho: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (João 2,5). Ela não é o centro da fé, o centro é Jesus. No entanto, Maria faz parte do centro.

Veneremos sempre Maria e peçamos sua proteção!

+Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo de Santo André
“Em nome de Jesus”

 

*Artigo publicado no ABC Litúrgico de 10/07/2022

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