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Fugindo do poder dos radicais do Talibã, mais de uma centena de afegãos continuam chegando diariamente ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, desde o início de outubro. Tendo o visto humanitário, muitos deles entram no Brasil, mas acabam montando acampamento no próprio aeroporto (Terminal 2), por falta de moradia.
Comovida com esta situação, a administradora Ludmila Bianchin, 39 anos, ao ter ciência do que estava acontecendo pela escola da filha, buscou a irmã Rosa Martins para colocar-se à disposição para ajudar. A administradora foi indicada para falar com a Pastoral do Migrante, que conta com o padre assessor, Padre Pierre Dieucel, CS, e com a coordenadora diocesana da Pastoral do Migrante, Vanessa Siribeli.
“Todos eles já vêm com uma história de vida. Alguns estão aqui desde agosto. Para chegar às famílias, quem nos fez o primeiro contato foi a irmã Scalabriniana Rosa, que visitou algumas vezes para ver a situação e, sentindo a realidade, acionou a Pastoral do Migrante da Diocese com a possibilidade de acolhê-los”, conta a coordenadora diocesana, Vanessa.
“Nós vimos desde agosto na imprensa as solicitações por ajuda e divulgamos em nossos canais, onde podíamos, inclusive nas escolas Scalabrinianas e tivemos a graça de encontrar a Ludmila”, conta a Irmã Rosa.
Comovida com a situação, Ludmila resolveu ceder um imóvel vazio que tinha para acolher 17 pessoas, entre gestantes, crianças, adultos e idosos que estavam nesta situação. “Eu soube da situação e me comovi, todos refugiados de uma guerra, vivenciaram violência e nós nem conseguimos imaginar tamanha dor, então resolvi tentar ajudar como posso. Temos que ajudar o próximo se quisermos um mundo melhor”.
Na última quarta-feira, 09 de novembro, a equipe de comunicação da Diocese de Santo André, juntamente do Padre Pierre, da coordenadora da pastoral, Vanessa, a voluntária Ludmila e equipe do Diário do Grande ABC, foram acompanhar a busca dos refugiados e encaminhamento à casa cedida.
“O Brasil é ótimo, é um país famoso por sua acolhida. Nós estávamos acompanhando a notícia, mas não sabíamos como estava, fizemos contato com várias pastorais e também com nosso bispo, que nos incentivou nesta acolhida”, conta Padre Pierre.
Até conseguirem o visto brasileiro foi um período difícil. Os processos demoraram cerca de 9 meses a 1 ano e, neste processo, precisavam se esconder, porque todos eram perseguidos por seguir a cultura ocidental, no sentido de barba e cabelo, por exemplo.
Dentre os refugiados acolhidos, estão administradores, professores universitários de inglês, engenheiros. No caso das mulheres, há uma economista, que tinha cargo de gerente, outra, que atuava como professora de escola primária, outra era artista / desenhista. “Todos os profissionais contam com inglês fluente e tinham estabilidade nos empregos no Afeganistão, mas por conta do Talibã, que persegue todos os que ajudam a perpetuar a cultura ocidental, resolveram vir para o Brasil”, explica Ludmila.
Busca por uma oportunidade de emprego
Os refugiados estão gratos pela acolhida e ajuda que vêm recebendo e reforçam que estão disponíveis para trabalhar aqui no Brasil, mesmo que fora da área de atuação.
Rede voluntária
Para manter os custos de alimentação, contas da casa, necessidades básicas, a Pastoral do Migrante e alguns voluntários estão se movimentando para ajudar. Veja como ajudar:[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_single_image image=”70706″ img_size=”full”][vc_media_grid grid_id=”vc_gid:1668600808610-5d7d41a2-0d1c-3″ include=”70708,70709,70710,70711,70712,70713,70714,70715,70716,70717,70718,70719,70720,70721,70722″][/vc_column][/vc_row]