Diocese de Santo André

Santuário Nossa Senhora Aparecida, em São Bernardo do Campo, é dedicado a Deus

A noite de sexta-feira, 26 de maio, no bairro Paulicéia em São  Bernardo do Campo, foi marcada por forte emoção, os fiéis se reuniram para celebrar a Santa Missa de Dedicação do Santuário Nossa Senhora Aparecida.

Presidida pelo bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, a Celebração Eucarística contou com a presença do clero, seminaristas, religiosas e religiosos.

O rito de dedicação é muito especial e cheio de significados, o ato de dedicar algo ao Senhor possui suas raízes mais profundas no Antigo Testamento. Já ali encontramos a dedicação de alguns altares (Nm 7, 10-11. 84. 88), de casas (Dt 20,5) e sobretudo, as diversas e sucessivas dedicações do Templo do Senhor realizadas por Salomão (1Rs 8, 1-66), Esdras (Esd 6, 15-18) e Judas Macabeus (1Mc 4, 36-59). Esta festa tinha sua grande importância para o povo judeu, pois lhes recordava que o Templo onde realizavam suas orações era a casa do Senhor, a morada de Deus no meio deles. Esta festa também os recordava a sua dignidade de povo escolhido pelo Senhor e o seu dever de ser fiel.

Com as luzes da igreja apagada foi lido o breviário da história do santuário, extraído do livro tombo, e após a procissão adentrou a igreja.

O bispo diocesano e Padre Alex Sandro Camilo, reitor do santuário, aspergiram as paredes da igreja e o povo de Deus, simbolizando o batismo, que  purifica e recorda que Cristo é água viva e que faz renascer pelo Espírito Santo.

Seguindo com a Liturgia da Palavra, Dom Pedro falou em sua homilia sobre a Palavra proclamada:

“Que alegria podermos vivenciar esse momento, a Palavra de Deus nos ilumina, a mensagem que nos transmite é que cada um de nós somos um santuário, um templo, uma morada de Deus. Jesus diz para a samaritana “Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade”. Não vai ter templos, casas, mas as pessoas, o espírito e a verdade que habita em cada um na força do Espírito Santo que nos é conferido.”

Ressaltou que todos somos morada de Deus:

“Se nós prestarmos bem atenção no rito, fomos batizados e as paredes desse templo foram aspergidas com a água. Somos morada de Deus porque fomos ungidos, o teu corpo é sagrado, uma coisa que nós cristãos católicos não falamos, mas você é sagrado. Quando entramos num templo, num santuário, vamos na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, lá em Aparecida, vemos com que devoção se entra lá naquela casa e aqui também, porque é um lugar sagrado. São Paulo diz: “Você é morada de Deus, o Espírito habita em você”, a liturgia de hoje nos faz essa consideração da beleza do culto elevado a Deus em espírito e verdade, a partir da vida que cada um leva como consagrado a Deus no dia do seu batismo e depois no desenvolver da nossa vida. São Pedro diz que nós somos um templo de pedras vivas, porém esse templo de pedras vivas que somos nós, precisamos do templo de tijolo, de um local para alimentar esse templo de pedras vivas que somos nós. E é isto que nós vamos fazer quando nos dirigimos a uma igreja, a um templo, a um santuário. Quem vem aqui vem como igreja de pedras vivas para se alimentar e continuar sendo cada vez mais testemunhas de Jesus no mundo, adorando em espírito e verdade, de forma que desde antigamente, lá no Antigo Testamento, Deus mesmo mandou construir o templo de Jerusalém e a igreja primitiva que se reunia nas casas aos poucos por necessidade de um espaço maior, foi construindo locais onde está igreja viva de gente se reúne para ouvir a Palavra de Deus.”

Após a homilia, iniciou-se o rito de dedicação. Ainda com as luzes apagadas, o ministério de música junto com toda a igreja entoou a Ladainha de Todos os Santos, Dom Pedro ungiu o altar e paredes onde estavam as doze cruzes, que representam os doze apóstolos de Jesus, e incensou o altar, Padre Alex e vigário geral, Padre Joel Nery incensaram as paredes da igreja.

Os Ministros Extraordinários prepararam o altar com a toalha e as velas, e aos poucos a igreja iluminou-se com as velas que foram acesas pelo reitor do santuário, representando a Luz de Cristo, que resplandece na Igreja e conduz os povos à plenitude da verdade.

A Capela do Santissimo Sacramento  foi inaugurada após a Liturgia Eucarística, o bispo diocesano seguiu em procissão com Jesus Eucarístico, depositando no Sacrário e abençoou o novo espaço.

Dom Pedro presenteou o santuário no final da celebração com a imagem Fac-símile (réplica com selo de autenticidade da basílica em Aparecida) de Nossa Senhora Aparecida, que foi coroada pela comunidade, momento de muita emoção aos presentes.

Padre Alex agradeceu toda dedicação da comunidade no projeto de reforma do santuário e a presença de todos:

“Gratidão à Virgem Santíssima Senhora Aparecida, padroeira deste santuário. Ela que intercede por nós e nos ensina todos os dias a fazer vontade de seu Filho Nosso Senhor. Eu agradeço em especial ao seminarista Eduardo, que realiza o seu estágio pastoral aqui e que muito me ajudou e nos ajudou nesta celebração da dedicação. Agradeço Dom Pedro Carlos Cipollini, que presidiu esta Eucaristia, sabendo da grande devoção e carinho que o senhor tem por Nossa Senhora e em especial com o título de Aparecida. Eu rogo a Deus por sua saúde, missão e presença na Diocese de Santo André. Gratidão por nos presentear com a relíquia do Beato Padre Donizete. Deus lhe abençoe e guarde hoje e sempre. Reforço meu carinho, estima e respeito ao Senhor. Agradeço a todos os padres que passaram por este santuário, e em especial a todas as pastorais e movimentos do nosso Santuário. Quantas pessoas boas o Senhor colocou em minha vida e nesse santuário Deus os abençoe e guarde no coração. Gratidão plena a todo o povo de Deus que aqui vive a sua fé e partilha a experiência. Deus em comunidade. Desde o início de nossa reforma, em 2017, vocês abraçaram e acreditaram nesse projeto. Obrigado de coração por todo empenho, doação e amor.”

Cada parte do rito tem um significado na dedicação, conheça abaixo:

  • Aspersão da água: a água aspergida logo no início é um clamor para que todo local seja purificado, lavado por Deus, tanto as paredes quanto cada fiel que participa. É um rito penitencial, por isso não há o ato penitencial como de costume.
  • Unção do Altar e Paredes com Santo Óleo do Crisma: As unções do altar e das paredes mostram que aquela mesa que será usada para o sacrifício eucarístico, a unção ainda exala o belo e agradável odor que todos somos chamados a exalar, o odor de Cristo (2Cor 2,15).
  • Incensação do Altar: O incenso, a fumaça que sobe aos céus, são as nossas orações, nossos pedidos elevados ao Pai. O incenso é usado nas celebrações desde os primórdios da história da Igreja.
  • Iluminação do Altar e Igreja: Cristo é a Luz que ilumina, a Luz por excelência que nos tirou da escuridão. Por Ele somos iluminados, por Ele também iluminaremos por onde andarmos.

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