Diocese de Santo André

I Retiro do Vicariato para Caridade Social aborda proximidade com Deus

O Instituto Educacional das Irmãs Maria de Banneux recebeu o I Retiro do Vicariato para Caridade Social da Diocese de Santo André, que contou com a participação de mais de 120 pessoas. O tema do retiro foi “O amor jamais passará”.

No sábado, 17 de junho, ocorreram momentos de profundo encontro com Deus, conduzidos pelo bispo diocesano, Dom Pedro Carlos Cipollini. Os participantes foram recebidos com um café da manhã e, em seguida, Padre Ryan Holke, Vigário Episcopal para Caridade Social, dirigiu palavras de acolhida:

“Vamos nos encontrar com Deus, conosco e com nossa história, e Ele irá iluminar algo especial para cada um de nós, de formas diferentes, por meio de suas palavras e meditações.”

O Seminarista Jhonatan Kauê Fernandes conduziu a oração da manhã e passou a palavra para Dom Pedro, que, em sua primeira reflexão, falou sobre São Paulo e a conversão para o amor:

“Quando nos silenciamos e nos colocamos à escuta, temos um encontro transformador com Deus. Mas muitas vezes temos medo de ouvir o que Ele tem a nos dizer. E se O encontrássemos, o que faríamos? O que falaríamos?”.

Com esses questionamentos, os participantes foram convidados a entrar em um momento de meditação sobre “O silêncio: portal da solidão habitada”, onde cada um pôde encontrar um encontro com Deus em seu próprio silêncio, contemplando o que cada coração trazia.

Em seguida, o bispo abordou o tema “O amor manifesto no abaixamento (kénose) de Cristo”, refletindo sobre Jesus abdicar de toda a sua glória e se tornar pequeno, assumindo a condição humana:

“O gesto de Jesus nos mostra o caminho da humildade profunda, que leva ao amor verdadeiro, como o Senhor nos indica.”

Novamente, os participantes saíram para um momento de meditação em silêncio profundo, permitindo que um encontro consigo mesmo e com Deus ocorresse. Dom Pedro pediu que cada um escrevesse uma oração em forma de carta, revelando ao Pai quem eles eram e o que desejavam ser para Ele.

Ao retornarem, foi realizada uma adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzida pelo bispo e pelo vigário da caridade social, que recitaram algumas das cartas escritas pelos participantes em forma de oração.

Após o almoço, ocorreu a terceira parte da reflexão do bispo diocesano, na qual ele abordou novamente São Paulo, enfatizando “Viver o amor na vida e no espírito”. Foi proposto um momento de meditação sobre “Um projeto de vida no Espírito de Amor”, no qual se percebeu que São Paulo fez do amor de Deus o grande projeto de sua vida, buscando alcançar a todos ao anunciar a Boa Nova. Em seguida, foi proposto que os participantes transformassem a experiência de oração em atitudes concretas para a vida, criando um projeto de vida que ajudasse a cultivar ações e atitudes que gerassem bons frutos e contribuíssem para o crescimento no caminho da santidade.

Para encerrar o retiro, foi celebrada a Santa Missa pelo bispo diocesano, concelebrada por Padre Ryan e Padre Cícero Soares, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Santo André), que também participou do retiro como assessor diocesano da Pastoral do Povo de Rua. Os diáconos permanentes representantes das regiões pastorais para a caridade também estavam presentes.

Durante a homilia, Dom Pedro meditou o Evangelho:

“O evangelista narra Jesus quando menino, com seus doze anos, considerado na época um adulto, é como que uma antecipação da Páscoa, Jesus que define a sua vida por Deus, cumpre a vontade de Deus, morre na cruz e ressuscita.  Assim Jesus diz a Maria e José que o procuravam: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?”.

O bispo falou sobre a importância de se dedicar às coisas do Pai e viver Nele. Ele mencionou o amor de Cristo, do qual todos nós falamos, e destacou o papel de Nossa Senhora como alguém que compreende seu Filho. Embora tenha sido doloroso para ela ver Jesus deixar sua casa e partir, Maria assumiu sua missão como missionária. Ela teve que passar por uma grande transformação interior, trocando o sentimento de mãe pelo sentimento de discipulado, o que exigiu muito dela:

“Por isso, Simeão disse que uma espada de dor atravessaria o coração de Maria. Ela teve que entrar na vida dos discípulos de Jesus, seu Filho, e foi a primeira discípula, pois sua fé em Maria é anterior ao nascimento de Jesus. O anjo encontrou Maria cheia de fé e, ao visitar Isabel, disse: “Bem-aventurada és tu que creste, pois se cumprirá o que te foi dito.” Assim, Maria recebeu o dom da fé e correspondeu praticando o amor.”

Terminando sua fala, deixou uma mensagem aos agentes das pastorais sociais presentes:

“Que Maria nos auxilie nessa jornada e todos vocês se esforcem para praticar a caridade e testemunhar o amor no Vicariato Episcopal da Caridade Social. Essa inspiração do nosso Sínodo, que felizmente conseguimos concretizar em nossa Diocese e está progredindo graças ao amor e ao empenho de vocês, é algo pelo qual nossa Igreja expressa profunda gratidão, especialmente durante o período o da pandemia, quando, no ano dedicado à caridade, fomos testemunhas vivas do amor.”

Para renovar os compromissos com a caridade, foram acesas as velas no Círio Pascal, simbolizando o compromisso de permanecerem sempre alimentados em comunhão com Deus por meio da oração, exercerem as obras de caridade em comunhão com a igreja e terem um espírito missionário, acolhendo a todos com caridade cristã.

No encerramento, as Irmãs Maria de Banneux compartilharam informações sobre a história da congregação e o carisma que possuem, principalmente no trabalho com crianças na área educacional. O instituto atende atualmente 414 crianças carentes, de 3 a 11 anos, provenientes de bairros próximos ao local.

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