Na manhã do dia 5 de agosto, a Catedral Nossa Senhora do Carmo, em Santo André, foi palco de uma cerimônia solene e emocionante: a ordenação presbiteral do Diácono Douglas Colácio. A imposição das mãos que conferiu a ordenação foi realizada pelo Bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini.
A Santa Missa contou com a presença significativa dos padres da diocese, seminaristas, religiosos, religiosas e uma grande parcela do povo de Deus, que compareceram para testemunhar e celebrar esse importante momento na vida do candidato.
A cerimônia teve início no auditório do Edifício Sede Santo André Apóstolo, onde o candidato fez sua profissão de fé e juramento de fidelidade diante do bispo, o representante de Cristo. Em seguida, todos se dirigiram à catedral diocesana repleta de fiéis.
Após a Liturgia da Palavra, deu-se continuidade ao Rito de Ordenação Presbiteral. O Padre Rudinei Sertório, Reitor da Casa de Formação de Teologia, chamou o ordenando com as seguintes palavras: “Queira aproximar-se o que vai ser ordenado presbítero.” O candidato, de pé e em sinal de prontidão, respondeu: “Presente.” Em seguida, o reitor pediu ao bispo que ordenasse o candidato para a função de presbítero. O bispo, então, interrogou se o candidato era digno desse ministério, e o Padre Rudinei respondeu afirmativamente, declarando que o povo de Deus o considerava digno.
O bispo, invocando o auxílio de Deus e de Jesus Cristo, escolheu o candidato para a Ordem do presbiterado, e todos presentes responderam: “Graças a Deus.”
Durante a homilia, o bispo destacou a importância da ordenação no contexto do mês vocacional e do Ano Vocacional Nacional celebrados pela Igreja do Brasil. Ele enfatizou que o novo presbítero, Padre Douglas, ao receber o Sacramento da Ordem, passaria a doar-se inteiramente a Jesus e pertencer definitivamente a Ele, sendo chamado de “amigo” pelo Mestre:
“Portanto, Diácono Douglas, neste momento em que você assume um ofício pastoral de tão grande importância para toda a Igreja, tornando-se sacerdote do Altíssimo, presbítero da Igreja, consagrado para o serviço aos irmãos (nenhum sacerdote é ordenado para si mesmo) recorda-te de Jesus Bom Pastor. É esta a missão do padre: ser Bom Pastor. Estar unido a Jesus e a partir desta união, torná-lo presente na comunidade, através da tua presença. Ser sacramento de Jesus Bom Pastor. A missão do padre é manter viva na Igreja a presença de Jesus Bom Pastor. Veja que belíssima missão está sendo confiada a você, que está prestes a assumi-la, proferindo as promessas sacerdotais diante de toda esta santa Assembleia, aqui reunida para orar por você e sobre você, para pedir a Deus que sua vocação seja consolidada e confirmada. Hoje é um dia de festa não só para você Douglas, mas para toda nossa Igreja Diocesana, da qual você se torna presbítero e para nosso Presbitério no qual você será inserido. Seja corajoso, sincero e fiel. Seja abençoado.”
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Após as palavras do bispo, o candidato respondeu às interrogações, e o povo foi convidado a rogar a Deus que derramasse abundantemente Sua graça sobre o novo presbítero. Em um gesto de total entrega a Deus, o eleito prostrou-se durante e Ladainha de Todos os Santos.
O momento mais emocionante da cerimônia foi quando o bispo impôs as mãos sobre a cabeça do ordenado, seguido pelos presbíteros presentes. Em seguida, o bispo rezou a oração da ordenação, mencionando as principais tarefas do sacerdote, como colaborar com o bispo, instruir a fé e divulgar a palavra de Deus.
A última parte do Rito de Ordenação apresentou símbolos ricos em significado que representam o ministério sacerdotal da Ordem. O ordenado foi revestido com a estola sacerdotal e a casula, e suas mãos foram ungidas com o Óleo do Santo Crisma.
Após a liturgia eucarística, onde o neossacerdote exerceu seu ministério pela primeira vez, a celebração chegou ao fim com a bênção do bispo sobre o novo presbítero e sobre o povo, pedindo que ele fosse servo e testemunha da verdade e do amor de Deus.
Em seus agradecimentos finais, Padre Douglas emocionou-se ao expressar seus agradecimentos e em um discurso breve, ele fez questão de enaltecer a todos que o acompanharam em sua jornada vocacional. Com palavras inspiradas no Salmo 116, o padre agradeceu a Deus por guiá-lo até esse momento especial e pediu que o Espírito Santo continuasse a iluminá-lo em sua missão como presbítero:
“Agradeço ao nosso bispo Dom Pedro pela confiança que tem depositado em mim, por ter me acompanhado durante esses oito anos, e por ter sido esse pai como a missão do bispo o exige. Que Deus sempre o confirme, Dom Pedro, e te conduza no governo dessa Igreja Diocesana. Agradeço os nossos irmãos presbíteros, sobretudo aqueles que me acompanharam mais de perto nesse processo: pe. José Silva, pe. Herculano, pe. Dayvid, pe. Hamilton, pe. Cassino, pe. Rudnei, pe. Cleidson, pe. Jean, pe. Rogério, pe. Everton, pe. Ademir, pe. Zé Ailton e pe. Sidcley. Faço também memória do saudoso padre José Raschele, que me batizou e que por 44 anos pastoreou o povo de metade das bandas de Ribeirão Pires.”
O neossacerdote também demonstrou gratidão às paróquias que o acolheram, citando nomes e comunidades específicas, assim como às religiosas que o acompanharam em suas atividades pastorais. Não esqueceu de mencionar sua família, incluindo mãe, pai, avó e irmãos, bem como amigos e agentes de pastoral da diocese, todos fundamentais em sua jornada.
Por fim, expressou sua honra em servir essa Igreja e se considerou um tijolo dessa “enorme Igreja de pedras vivas”. Ao encerrar, invocou a proteção da Virgem do Carmo e de Santo André Apóstolo, pedindo para que todos sejam fortalecidos pela luz do Espírito Santo para seguir firmes na missão evangelizadora da diocese.