No final do Evangelho de São Mateus, Jesus envia os seus discípulos para irem pelo mundo, fazer discípulos, batizando e ensinando. Esta missão é a missão da Igreja, de cada um de nós: transmitir o Evangelho ao mundo, na alegria de fazê-lo chegar a todos.
Neste mês de outubro, toda nossa Diocese está “em estado de missão”. A programação articulada pela Coordenação de Pastoral prevê missão em todas as Regiões Pastorais. Uma Igreja em saída missionária, deve ser uma atitude contínua, mas no mês de outubro, mês das missões isto é ressaltado.
Daqui de Roma onde participo do Sínodo, acompanho com minhas orações. A comunidade é o local onde se pratica e se ensina o
Evangelho. É dela que saem os missionários para anunciar o Reino, e instruir a todos nos caminhos de Jesus. Porém, mais
do que isto, a missão consiste no testemunho, consiste em provocar o encontro das pessoas com Jesus. É neste encontro
pessoal com Ele que tudo pode começar e acontecer. A missão é ensinar. Como ensinar? Praticando as bem aventuranças.
O ensinamento vem pelo bom exemplo, assim como na vida. As crianças aprendem dos pais e dos adultos, vendo o que eles fazem. Somente depois começam a entender o que eles dizem. Assim é na missão, no processo de transmissão do Evangelho, que não se dá por proselitismo, mas por um anúncio cativante, empolgante. De fato, alguém já dizia: A palavra convence, mas o exemplo arrasta. Diz o papa Francisco: “A opção missionária é capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação” (EG 27). A opção missionária é uma opção pelos pobres, que nos convida a ir aos lugares pobres da presença de Deus, ir às periferias existenciais. Meu grande abraço fraterno a todo o clero, aos leigos e leigas missionários que estão vivenciando
este projeto de saída missionária, na nossa querida Diocese de Santo André. A vocês minha bênção de Pai e Pastor. Rezem por mim!