Diocese de Santo André

Padre Hildebrando: um exemplo de fidelidade e caridade

Padre Hildebrando Rodrigues de Oliveira, partiu para a morada eterna no dia 29 de novembro, véspera do aniversário de 71 anos de seu sacerdócio. A missa exequial foi celebrada na manhã de 1° de dezembro, na Paróquia Jesus Bom Pastor em Santo André, onde Padre Hildebrando atuou como pároco. 

A celebração foi presidida pelo bispo Dom Pedro Carlos Cipollini e contou com a presença de diversos membros do clero diocesano.O bispo diocesano expressou sua solidariedade às irmãs de Padre Hildebrando, D. Iraci e D. Terezinha, e aos seus sobrinhos. Em seguida, o chanceler do bispado, Padre Camilo Gonçalves, leu a biografia do querido padre, ressaltando seu amor e fidelidade à vocação ministerial.

Durante a homilia, Dom Pedro relembrou a trajetória de fé e dedicação do Padre Hildebrando, enfatizando sua disposição em servir a Deus e aos fiéis, especialmente através do Sacramento da Reconciliação. Ele destacou a capacidade do padre em se adaptar às transformações da Igreja, mantendo-se fiel ao seu ministério sacerdotal em meio a grandes mudanças.

“Eu sempre conversei com ele e confessava com ele. Nos primeiros anos que estive aqui, sempre me ajudou, me estimulou, me deu conselhos bons. Então eu sou muito agradecido ao ministério do Padre Hildebrando, que mesmo com uma idade avançada, deu muitos frutos”, concluiu o bispo diocesano.

Desde o anúncio de seu falecimento nas redes sociais da Diocese, muitos fiéis expressaram suas condolências e compartilharam memórias de Padre Hildebrando. Entre os testemunhos, destacam-se as palavras de Manoel Rodrigues, que o recorda como um “grande mestre e confessor”, e de Renato Duarte, que ressalta suas “sábias palavras nas homilias”. Cidicleia Novaes, por sua vez, enfatiza o impacto das orientações e orações que recebeu do padre, considerando-o um “sábio sacerdote de uma unção inigualável”.

Conheça a biografia do Padre Hildebrando

  • Nascido a 29.10. 1928, em Pedras de Fogo, Paraíba;
  • Ordenado a 30.11.1952, em João Pessoa, Paraíba; 
  • Falecido a 29.11.2023, em Santo André, São Paulo;

Infância – O filho de José Rodrigues de Lima e Guiomar Rodrigues de Oliveira vem da cidade mesma natal (pertencente à Arquidiocese da Paraíba) onde, 84 anos antes, nasceu o Servo de Deus Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira, OFMCap (1844-1878), protagonista da Questão Religiosa. Seu batismo ocorreu na vizinha Itambé, aos 20 de janeiro do ano seguinte. Já em João Pessoa, foi crismado aos 31 de maio de 1935, pelo primeiro bispo e arcebispo, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques (1855-1935), três meses antes do falecimento do prelado.

Vocação e Estudos – Aos 13 anos, vislumbrando a vocação sacerdotal, Hildebrando inicia a formação eclesiástica. Na capital paraibana, transcorrem seus estudos ginasiais, filosóficos e teológicos. Parte dos estudos teológicos ocorreu também na Arquidiocese de Olinda e Recife.

Ministério – Hildebrando tornou-se clérigo ao receber a primeira tonsura em 19 de junho de 1949; no ano seguinte – Ano Santo de 1950 – recebeu as ordens menores a 4 de março e 30 de novembro; quase um ano depois, é ordenado subdiácono, a 1º de novembro de 1951; sua ordenação diaconal ocorreu a 29 de março de 1952 e, aos 30 de novembro daquele ano, na Catedral de Nossa Senhora das Neves, recebe a imposição das mãos do arcebispo metropolitano D. Moisés Sizenando Coelho (1877-1959), sendo ordenado presbítero. A primeira missa ocorreu no dia seguinte, na igreja de Nossa Senhora de Lourdes, na capital da Paraíba.

Atividades – pelos três anos seguintes, foi vigário na Catedral; mestre de cerimônias do sólio; assistente da JOC; professor de liturgia no Seminário Maior; professor de religião e matemática no Seminário Menor; capelão do Pronto Socorro Municipal. Dali, é nomeado por alguns meses como vigário na Paróquia de Mamanguape; em fevereiro de 1956, torna-se pároco de Alagoa Grande e diretor do Colégio São José, que ele mesmo fundara. No triênio seguinte, é transferido para assumir a Paróquia de Serraria e administrar a Paróquia de Pilões, funções que exerceu por 4 anos, até o fim do ano de 1963.

Diocese de Santo André – Pe. Hildebrando aqui chega em 31 de janeiro de 1964; no mês seguinte, é incumbido da Paróquia Nossa Senhora das Graças; em 1973, é nomeado pároco da Paróquia Nossa Senhora do Bom Parto, até 1975.

Retorno às origens – Pe. Hildebrando não se dava bem com o clima e poluição do Grande ABC. Assim, decide regressar à arquidiocese paraibana, onde estava incardinado, para assumir a Paróquia de Bananeiras; revendo sua decisão, porém, pede incardinação a esta Igreja Particular, o que lhe é concedido.

De volta ao ABC – Então, exerce na diocese a função de Vigário Forâneo para a região de Utinga, já que trabalhava desde o ano anterior à Paróquia Santa Teresinha, como fabriqueiro e vigário ecônomo; em 1998, Pe. Hildebrando é nomeado pároco da Paróquia Jesus Bom Pastor, da qual havia sido vigário paroquial e desempenhava então a função de administrador paroquial, desde meados do ano anterior. Lembrado até os dias atuais por seus paroquianos, foi responsável pelo afervoramento da vida espiritual dos fiéis, dinamização da comunidade no âmbito pastoral e caritativo e consideráveis reformas no espaço litúrgico;

Nova partida – sentindo enfraquecer a saúde, Pe. Hildebrando pede licença para ausentar-se da diocese e realiza tratamento médico em João Pessoa, percebendo sensível melhora. A Providência, porém, tem desígnios misteriosos. Assim, Pe. Hildebrando decide trilhar, uma vez mais, o caminho rumo ao Sudeste.

De volta à Diocese – durante o ano de 2005, desempenha a função de vigário na Paróquia Imaculada Conceição (Mauá), na companhia do grande amigo, Cônego Belisário Elias de Sousa (1933-2011); no ano seguinte, é nomeado vigário na Catedral Nossa Senhora do Carmo, onde permanece durante dois anos. A vida de Pe. Hildebrando, contudo, assemelha-se a um grande peregrinar.

Emeritude – novamente, solicita retorno a João Pessoa, por motivos de saúde. Ali, exerce a função de capelão num asilo mantido pela Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena. Sentindo necessidade de regressar à diocese de incardinação,

Enfim, Santo André – em 2011, Pe. Hildebrando retorna à Diocese, na condição de emérito, ficando desde com uso de ordem na Paróquia Nossa Senhora do Paraíso; em 2014, essa faculdade se destina às Paróquias andreenses São José Operário, Sagrado Coração de Jesus e Santa Rita de Cássia, especialmente no atendimento a confissões e Celebrações da Eucaristia. Com o crescente declínio da capacidade auditiva, Pe. Hildebrando se vê privado de condições para ouvir confissões; entre o fim de 2018 e início de 2019, cessa também a celebração pública da Santa Missa, certamente em decorrência de um AVC, que lhe tem deixado como sequelas fortes dores de cabeça e momentos de confusão mental. Desde então, exerceu as funções sacerdotais de modo privado, junto às duas irmãs de sangue com quem vive há alguns anos.

FONTE: Arquivo necrológico da Diocese de Santo André.

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