No dia 19 de setembro de 2023, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou oficialmente a tradução da 3ª edição típica do Missal Romano, e seu uso obrigatório ficara estabelecido com data máxima para o primeiro Domingo do Advento, que se deu dia 3 de dezembro do mesmo ano. Com isso, já há alguns meses, as comunidades paroquiais de todo o Brasil celebra o Santo Sacrifício da Missa com esta nova versão do missal, e, com as proximidades das festas pascais, uma pergunta ainda emerge: o que há de novo nos ritos do Tríduo Pascal?
Esta é uma pergunta válida e que serve para fornecer um ponto de esclarecimento muito importante para todo o Povo de Deus. Não se trata de um novo missal, mas sim de uma nova tradução. Até o ano passado, o livro utilizado nas celebrações no Brasil continha em si a tradução da segunda edição típica, que fora promulgada em 1975 pelo São Paulo VI, e que passou a ser utilizada no Brasil em 1992. Esta nova tradução contempla os textos da terceira edição típica, que fora promulgada em 2000 por São João Paulo II.
Dessa forma, os ritos permanecem os mesmos, pois o missal continua sendo o mesmo. A única mudança acontece, portanto, nos textos.
No que diz respeito às celebrações do Domingo de Ramos e do Tríduo Pascal nada mudou. A única coisa que pode ser notada são algumas novas indicações que as rubricas fornecem e que não eram contempladas na antiga tradução. Portanto, este artigo tem como finalidade evidenciar as rubricas que o Missal Romano indica para as celebrações já citadas e mostrar quais são as novas indicações, e que iremos acompanhar ao longo das publicações durante a Semana Santa.
Domingo de Ramos e da Paixão
Neste domingo a Igreja recorda a entrada do Senhor em Jerusalém para consumar sua Paixão. Existem três formas para comemorar esta entrada do Senhor: pela procissão, com uma entrada solene ou com uma entrada simples. A procissão deve ser feita apenas em uma missa, ou seja, a principal. Qualquer outra celebração deverá recordar a entrada do Senhor pela forma solene ou simples. Todas as três formas podem ser estudadas nas páginas de 216 à 224 da nova tradução.
Não há o canto do Glória.
Neste dia a narração da história da Paixão pode ser lida também por leigos, reservando-se a parte do Cristo para o diácono ou, na falta dele, o sacerdote, se possível. Apenas o diácono pode pedir a bênção para o sacerdote antes da narração da história da Paixão. Não há saudação nem sinal da cruz sobre o livro dos evangelhos, bem como não há nem velas nem incenso para a proclamação .
Após a narração da história da Paixão a missa segue como de costume. O prefácio é próprio, A Paixão do Senhor, e se encontra no próprio formulário do Domingo de Ramos.
1 – Cf. MR, nº 21, p. 225
Artigo escrito pelo Seminarista Breno de Oliveira Santos