Diocese de Santo André

Formação Permanente do Clero reflete sobre a Teologia da Revelação

Entre os dias 20 e 23 de maio, o clero da Diocese de Santo André esteve reunido para o seu momento anual de Formação Permanente, realizado na cidade de Serra Negra, no interior de São Paulo.

Os momentos formativos foram conduzidos pelo Prof. Dr. Pe. Antonio Manzatto, presbítero incardinado na Arquidiocese de São Paulo e professor aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A reflexão teve como tema “A Revelação numa Perspectiva Humanizadora”. Em suas falas, o padre buscou apresentar a Teologia da Revelação, uma das disciplinas clássicas da teologia, pela perspectiva do novo humanismo proposto pelo Papa Francisco. Ele enfatizou que não se pode falar de Revelação sem uma relação profunda com Deus, que vem ao encontro da humanidade. Assim, a Revelação é mais do que reconhecer ideias; é a autocomunicação de Deus, “o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Deus Caritas Est, 1), Jesus Cristo.

Para uma correta compreensão da Revelação e sua devida atualização, deve-se levar em conta as diversas realidades atuais que precisam ser confrontadas com a verdade evangélica. O caminho realizado pelo Verbo Encarnado, assumindo a natureza humana, é um caminho proposto para toda a Igreja. Ele é o protótipo de humanidade, pois sua capacidade de humanidade define o estilo de vida que devemos seguir. Humanizar-se é a capacidade de sensibilizar-se, criando relações com todos os que se aproximam de nós.

Além disso, o Pe. Dayvid da Silva colaborou com a formação, apresentando sua tese de doutorado, intitulada “Teologia e Literatura: Uma Reflexão sobre a Teologia da Redenção pela Humanização a partir da Antropologia Presente no Romance d’A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna”. Em sua exposição, Pe. Dayvid mostrou como a obra do escritor paraibano expressa uma redenção aos marginalizados, tal como foi o ministério de Jesus, que comunica a salvação a todos, especialmente àqueles que mais sofrem. Os sofrimentos que curvam o homem são transformados por ações redentoras, como o riso, a alegria e a festa, conforme expressa uma das falas de Jesus: “Felizes os que choram, porque haverão de rir” (Lc 6,21).

O Pe. Guilherme também apresentou sua dissertação de mestrado, intitulada “Reino de Deus e a Igreja: Pressupostos da Liturgia Cristã”, expondo a necessidade de união entre a liturgia e a eclesiologia, já que a liturgia é a expressão visível do ser Igreja. Trabalhando sobretudo dois documentos conciliares, Sacrosanctum Concilium e Lumen Gentium, foi possível perceber como a Igreja, sacramento universal de salvação, tem na liturgia a sua forma de comunicar a graça de Deus. Além disso, na etapa final, foram analisados temas pertinentes à liturgia de nossas comunidades, como a participação, a liturgia como fonte de toda a ação pastoral e a formação litúrgica.

Além dos períodos de formação, este momento também foi marcado pela oração, com a celebração da Eucaristia, e pela convivência fraterna entre os presbíteros nos demais horários e atividades.

Texto escrito: Padre Gustavo Laureano

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