Na manhã do domingo, 13 de abril, muitos fiéis se uniram em oração e contemplação para celebrar o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor no Santuário Senhor do Bonfim, na Forania Santo André Utinga. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, com concelebração do pároco reitor Pe. Carlos Alberto de Queiroz, OFM Conv., e do vigário paroquial Pe. Avedis Barbosa, OFM Conv.
Com os ramos nas mãos e o coração em silêncio, os fiéis se reuniram na praça em frente ao santuário, onde se deu a bênção dos ramos e a Proclamação do Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém. Em seguida, partiram em procissão pelas ruas do Parque das Nações, recordando a multidão que, há dois mil anos, acolheu o Senhor com cânticos e aclamações. A caminhada de fé teve como ponto de chegada o estacionamento do santuário, onde foi celebrada a Santa Missa campal.
Durante a homilia, Dom Pedro conduziu os presentes a uma profunda reflexão sobre o amor de Deus revelado na cruz. “Jesus é a imagem do amor de Deus. Mas Ele não é amado, no sentido de que foi rejeitado”, afirmou o bispo, recordando as palavras de São Francisco de Assis, que dizia chorar “porque o amor não é amado”. Para o bispo, a missão de Jesus foi justamente revelar esse amor, que perdoa, acolhe e salva, mas que, ainda hoje, é recusado por muitos.
Ele reforçou que a cruz, embora sinal de dor, é também a expressão mais concreta do amor redentor. “Jesus tinha dois caminhos: ceder à lógica do mundo ou permanecer fiel à missão de mostrar o amor de Deus. E o único lugar que sobrou para Ele mostrar esse amor foi a cruz”, disse o bispo, destacando que muitas vezes o sofrimento é o espaço onde o amor verdadeiro se revela — como no cuidado incansável de pais por filhos em situações difíceis.
“Quem ama como Jesus pode sofrer como Ele, mas já começa o seu céu aqui na terra, porque o amor jamais passará”, refletiu Dom Pedro, exortando a assembleia a permanecer firme na vivência do Evangelho, mesmo diante da lógica de ganância, orgulho e sede de poder tão presentes no mundo de hoje.
Ao final, convidou os fiéis a levarem seus ramos para casa como sinal de adesão a Cristo. “Coloque num lugar onde, durante as suas orações, você diga: ‘Cristo é o meu Rei, e eu quero segui-Lo’. E a sua lei é o amor que vence. E eu quero amar apesar de tudo”, concluiu.
Em comunhão com toda a Igreja, a celebração marcou o início da Semana Santa, tempo forte da liturgia, que culminará com o Tríduo Pascal e a Páscoa do Senhor. Para os que participaram, a manhã foi um convite a renovar a esperança, a fé e o desejo de seguir o Cristo que vence, não pelo poder, mas pelo amor.
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