Nesta quinta-feira, 19 de junho, a Diocese de Santo André celebrou a Solenidade de Corpus Christi com a fé viva de um povo que caminha ao encontro de Jesus Eucarístico. Na Forania Santo André Centro, a comunhão foi visível: paróquias inteiras saíram em procissão pelas ruas da cidade, conduzindo o Santíssimo Sacramento até a Praça do Carmo, onde foi montado o altar para a celebração campal presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, com a presença de todo o clero forâneo.
Dom Pedro iniciou a caminhada a partir da Paróquia São José Operário. Em diferentes pontos da cidade, outros grupos também se colocaram em procissão até convergirem todos à Praça do Carmo. Juntos, os fiéis da Catedral Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Paraíso e Matriz de Santo André formaram um dos grupos. Em outro, seguiram São Judas Tadeu, Nossa Senhora de Fátima e Sagrado Coração de Jesus. Também caminharam juntos os fiéis das paróquias Nossa Senhora das Dores, Santo Antônio, Santa Luzia e São Carlos Borromeu. E, por fim, uniram-se na mesma fé os membros das comunidades Jesus Bom Pastor, Santa Rita e São José Operário. Cada grupo trouxe seus estandartes, coroinhas, ministros, jovens, pastorais e famílias inteiras — formando um só corpo em torno da Eucaristia.
Cada grupo trouxe seus estandartes, coroinhas, ministros, jovens, pastorais e famílias inteiras — formando um só corpo em torno da Eucaristia. Mais de duas mil pessoas ocuparam a Praça do Carmo, o som dos cânticos, o incenso no ar e os olhares voltados para o ostensório revelavam o amor profundo pelo Senhor presente no Santíssimo Sacramento.
Durante a homilia, Dom Pedro destacou que a Eucaristia é o coração pulsante da Igreja: “Celebrar Corpus Christi é professar com os pés o que cremos com o coração: que Jesus está no meio de nós. E Ele caminha com seu povo, passando pelas ruas da cidade, entrando nas casas, olhando os doentes, abraçando os esquecidos. O altar na praça é sinal de que a vida do povo é o verdadeiro templo de Deus.”
O bispo também lembrou que a comunhão eucarística nos impulsiona à comunhão entre nós: “Não há adoração verdadeira sem amor concreto. A Eucaristia não é apenas o sacramento da presença, mas também da missão. Quem comunga Jesus, é chamado a ser sinal d’Ele na vida dos outros, especialmente dos que mais precisam. Por isso, adorar é também se comprometer.” (leia a homilia completa, clicando aqui)
Ao final da celebração, o vigário forâneo da Forania Santo André Centro, Padre Ademir dos Santos, dirigiu palavras de gratidão a todos os padres da forania, destacando a fraternidade, o esforço conjunto e a comunhão vivida neste dia tão especial. Agradeceu especialmente aos padres Anderson Messina Perini e Willian Maia, que estiveram à frente da organização.
Padre Anderson, administrador paroquial da Paróquia Jesus Bom Pastor, agradeceu emocionado todas as equipes envolvidas: ministros, coroinhas, leitores, músicos, agentes da acolhida, ornamentação e liturgia, e os jovens que chegaram ainda de madrugada para confeccionar os tapetes. Também reconheceu a generosidade dos fiéis que contribuíram com alimentos, e agradeceu o apoio das autoridades civis e órgãos de segurança que garantiram tranquilidade à celebração. Em suas palavras, lembrou que “a Eucaristia deve ser alimento de nossa esperança. Nesse Ano Jubilar, que o Senhor, presente no Santíssimo Sacramento do Altar, continue abençoando nossas comunidades e iluminando nossos passos.”
Enquanto a Praça do Carmo reunia as comunidades da Forania Santo André Centro, nas demais nove foranias da Diocese — Utinga, Leste, São Caetano do Sul, São Bernardo Centro, Anchieta, Rudge Ramos, Mauá, Ribeirão Pires – Rio Grande da Serra e Diadema — cada paróquia celebrou a Solenidade com intensa participação dos fiéis. Desde a madrugada, os agentes de pastorais se empenharam na confecção dos tapetes. Crianças, jovens, adultos e idosos trabalharam lado a lado, em uma verdadeira expressão de comunidade e adoração. Com fé, criatividade e amor, prepararam o caminho por onde passaria o Rei dos Reis.
Mais do que tradição, os tapetes foram expressão da fé viva de uma Igreja que sai às ruas, que dobra os joelhos e que reconhece a presença real de Jesus na Eucaristia. Em meio às flores, serragens e imagens sagradas desenhadas com tanto cuidado, havia corações que acreditam, que esperam e que se entregam.
E em meio a esse gesto público de fé, uma ação concreta de caridade também tomou forma. O Tapete Solidário, organizado há anos pelo Vicariato Episcopal para a Caridade Social, mobilizou todas as paróquias da diocese para a arrecadação de alimentos não perecíveis, roupas e cobertores. Os fiéis, tocados pela missão de amar como Cristo, responderam com generosidade: diante de muitos altares se formaram montes de doações, ofertas silenciosas que também se tornam presença viva de Deus.
Cada cesta montada, cada cobertor dobrado e cada peça de roupa entregue representaram mais do que um gesto generoso: foi a certeza de que a Eucaristia transforma e envia. Na Diocese de Santo André, Corpus Christi foi vivido como verdadeira comunhão: com Jesus, com os irmãos e com os pobres. Porque onde há partilha, há presença real. Onde há amor concreto, há Sacramento vivo.
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