“Não há amor maior do que dar a vida! Devemos celebrá-la como alguém que aceitou Jesus como essa porta pela qual se entra na Trindade Santa”, sintetiza Dom Pedro, durante celebração ao Dia da Padroeira das causas impossíveis
Pedidos de emprego, a busca pela harmonia familiar, a cura de uma doença, o êxito no amor… A Paróquia Santa Rita de Cássia, no Bairro Pinheirinho, em Santo André, se transformou neste domingo(22/05) numa verdadeira romaria dos devotos da padroeira das causas impossíveis.
Com missas de duas em duas horas, procissão e a tradicional quermesse, centenas de fiéis se aglomeravam nas instalações e cercanias da Igreja em agradecimentos às graças alcançadas e nas orações para soluções de seus problemas.
Logo pela manhã, às 9h, uma celebração especial ao segundo dia das Visitas Missionárias Pastorais na Região Centro – Santo André contou com a presença de Dom Pedro Carlos Cipollini.
Observando cada paroquiano com uma rosa em mãos, o bispo diocesano de Santo André aspergiu água benta sobre o povo e exaltou Santa Rita de Cássia como uma “grande cristã exemplar como mãe, esposa e religiosa”.
Segundo ele, um dos maiores ensinamentos da monja italiana é de que o sofrimento ensina a amar.
“O modo dela viver a comunhão com a comunidade através de Cristo, sofrendo pela redenção do mundo, se torna um exemplo para nós. Porque quem ama sempre vai sofrer por causa do egoísmo, do ódio e do desamor que existe neste mundo. Mas é um sofrimento redentor”, ressalta Dom Pedro.
De acordo com o pároco Adenízio Leonardo Miranda, a festa da padroeira se tornou uma tradição no bairro que tem atraído, ano após ano, cada vez mais pessoas para a frequência na Igreja.
“A devoção faz com que você também crie um vínculo de amizade com a comunidade. É gratificante saber que um modelo de vida como foi o de Santa Rita de Cássia seja inspirador para milhares de pessoas da região”, comemora o sacerdote, que completa 12 anos na paróquia.
Sobre Santa Rita de Cássia
Nascida Margherita Lotti, Santa Rita de Cássia nasceu na cidade de Roccaporena, na Itália, em 1381. Com uma história de sofrimento e ensinamentos de amor, a padroeira das causas impossíveis passou por momentos difíceis em sua vida: teve o marido assassinado, o qual conviveu por 18 anos, e com o desejo de vingança de seus dois filhos, pediu a Deus para que os levassem sem que derramassem mais sangue.
Suas preces foram ouvidas. Mais tarde, Cássia ingressou num convento e viveu ali por 14 anos até sua morte, trazendo na testa um estigma, associando-se assim à paixão de Cristo. Ela morreu no mosteiro de Cássia, em 1457, e foi canonizada em 1900.
Sua devoção se espalhou por todo o mundo como prova de sua fé e preces, atendidas por Deus, diante das adversidades neste mundo e o exemplo que se tornou de perseverança para milhões de pessoas.