O dia da mentira passou, mas já notou como ela permanece no meio de nós, inserida em vários contextos de nossa vida? Mentira!?! Tá de brincadeira, né? Tô não… imagine você, quantas mentirinhas por dia vamos dizendo naturalmente sem perceber, muitas vezes por medo de enfrentar a verdade, para se dar bem ou ser aceito no meio em que vivemos. Tipo: “Estou chegando! ”, “Estarei pronta em dez minutos”, “Peso 40Kg”, ”Estava na liquidação”, “Te ligo amanhã”, “Eu não minto”… “A comida está ótima! ”, ”Eu não tenho tempo”, “Tudo o que é meu, é seu”, “Você está cada vez mais jovem”, “Pode contar comigo”. E assim vai. Passamos a ter uma vida de mentiras.
Recebi recentemente essa “historinha”, e compartilho aqui para ilustrar como somos também instigados a mentir para melhor passar. Leia:
– Numa tarde ensolarada, decidiu levar seus filhos ao circo. Ao chegar à bilheteria, pergunta:
– Olá, quanto custa a entrada?
O vendedor responde:
– R$ 30,00 para adultos, e R$ 20,00 para crianças de 7 a 14 anos. Crianças até 6 anos não pagam. Quantos anos eles têm?
E o pai responde:
– O menor tem 3 anos e o maior 7 anos.
Com um sorriso, o rapaz da bilheteria diz:
– Se o Sr. tivesse falado que o mais velho tinha 6 anos, eu não perceberia, e você economizaria R$ 20,00.
E o pai responde:
– É verdade, pode ser que você não percebesse, mas meus filhos saberiam que eu menti para obter uma vantagem e jamais se lembrariam desta tarde como uma tarde especial.
E finaliza:
– A verdade não tem preço. Hoje deixo de economizar $20,00 que não me pertenceriam por direito, mas ganho a certeza de que meus filhos saberão a importância de sempre dizer a verdade!
O atendente permaneceu mudo…
Também ele teria uma tarde especial para se lembrar.
Essa história descreve uma cena em que os filhos presenciam uma atitude correta do pai e nos permite perceber que nada deve substituir a verdade. Ao abrirmos pequenas concessões à mentira, o preço é alto demais.
O Papa Francisco, adverte a cada um de nós para que não nos cansemos de lutar pela verdade. “Não se pode fundar nada de bom sobre as tramas da mentira e da falta de transparência. Procurar e optar sempre pela verdade não é fácil; é uma decisão vital que marca profundamente a existência de cada um e da sociedade, para que seja mais justa e honesta”.
Lutemos sim, pela verdade e clareza em nossos relacionamentos primeiramente com Deus, fidelidade, oração e no tipo de confissões que fazemos. Sermos também verdadeiros conosco mesmos, pois “mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira”. E por fim, refletirmos a respeito das mentiras em relação as pessoas com quem convivemos, amigos, cônjuges, filhos e familiares.
Qual estrada estamos percorrendo? Estou na estrada da vida ou na estrada da mentira? O certo é que uma mentira pode estragar centenas de verdades.
Angela Barroso