A Pastoral Afro-Brasileira da Diocese de Santo André participa no próximo sábado (09/11), às 10h30, da celebração da XXIII Romaria Nacional das Comunidades Negras no Santuário Nacional de Aparecida, no estado de São Paulo. A edição deste ano organizada pela Pastoral Afro-Brasileira da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) tem como tema “Mãe Negra Aparecida, ajude-nos a restituir o direito à liberdade, à justiça e ao amor” e o lema “O povo negro clama por políticas libertadoras”.
De acordo com a coordenadora diocesana da Pastoral Afro, Terezinha de Jesus, a diocese já participa há vários anos desta agenda anual. Em 2019, um ônibus com cerca de 50 representantes pastorais das regiões pastorais saíra da Catedral do Carmo rumo à Aparecida para participar das celebrações e reflexões sobre temáticas da comunidade negra na Igreja e na sociedade.
“O primeiro objetivo é unir as comunidades negras no Santuário de Aparecida. O segundo é abrir a missão celebrativa do mês da Consciência Negra. Nós temos um subsídio com três encontros e orientação de cânticos e orações ligados ao tema da romaria”, elucida.
O assessor diocesano da Pastoral Afro-Brasileira. Pe.Edmar Antônio de Jesus, acompanhará a romaria, que acontece há 23 anos, sempre no primeiro sábado de novembro, , porém, em virtude do Dia de Finados acontecerá no segundo sábado neste ano de 2019.
Atualmente, a romaria abre as atividades do Mês da Consciência Negra, que prepara as celebrações para o Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, e que faz memória de Zumbi dos Palmares, sendo fruto do processo de amadurecimento do movimento negro que questionou o acento histórico dado ao dia 13 de maio, data que lembra a assinatura da Lei Áurea.
Para mais informações sobre a Pastoral Afro-Brasileira ou participar da romaria envie mensagens de WhatsApp para 99187-0277 (coordenadora diocesana Terezinha de Jesus) ou para o e-mail: pastoralafrobrasileira@diocesesa.org.br
Sobre a Pastoral Afro
A Pastoral Afro-Brasileira foi declarada como organismo oficial da Igreja do Brasil em 1998, mas começou a ser idealizada na década de 1970.O organismos surgiu a partir de um longo e difícil processo de conscientização e militância de gerações de negros e negras, que assumiram viver sua fé a partir da sua negritude. Na Igreja do Brasil, surgiu como fruto do documento de Medellín e Puebla que defenderam a opção preferencial pelos pobres.
Um momento importante foi a Campanha da Fraternidade de 1988, com o tema “Ouvi o clamor deste Povo”, focado na população afrodescendente. Foi em 2003, que graças ao documento 85, a Pastoral passa a integrar a estrutura da CNBB, como espaço de ação e conscientização da Igreja e da sociedade para a realidade da população afro-brasileira.
A Pastoral está presente em muitas dioceses do Brasil, por meio de grupos vinculados às CEBs e articulados com as Pastorais Sociais.