O que nós rezamos para os irmãos falecidos é uma oração sofrida, mas cheia de esperança. No dia de finados não celebramos a morte, nem os mortos, mas a passagem, a páscoa daqueles que, ao morrerem com fé em Jesus Cristo, entram na vida que não tem fim. O cristão não crê em reencarnação, ou seja, não crê que alguém, ao morrer, torne a se reencarnar até se purificar de seus pecados e se tornar um espírito de luz”. O cristão acredita em Jesus Cristo e em sua força redentora.
A morte para o cristão é um momento único e muito importante, pois neste acontecimento ele encontra-se definitivamente com Deus e pode ter também, pela primeira vez, seu encontro total consigo mesmo. É o momento do encontro amoroso com o Pai misericordioso que acolhe o(a) filho(a) que fez uma longa peregrinação em busca da felicidade, muitas vezes caindo e se levantando; sofrendo e se alegrando. Tudo aí será colocado nas mãos de Deus para ser definitivamente assumido e redimido de forma total. São João escreve em uma de suas cartas que Deus é luz! A morte é o momento de entrar na luz eterna. Após a peregrinação desta vida, na qual passamos pelo sofrimento purificador da Cruz de Cristo (que é morrer para o pecados), nós ressuscitamos iluminados e transformados em Deus. Caminhemos nesta vida repletos de esperança, sabendo que Jesus venceu a morte e com Ele e Nele nós também venceremos. Dom Pedro Carlos Cipollini Bispo Diocesano de Santo André.