O Tribunal Eclesiástico da Diocese de Santo André retomou suas atividades para o ano de 2024 em 6 de fevereiro, com a presença de seus membros e do bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini.
A reabertura foi marcada pelo discurso de boas-vindas do Padre Dr. Jean Rafael, vigário judicial, que também compartilhou com os presentes o discurso do Papa Francisco na abertura do Ano Judiciário da Rota Romana (clique aqui e leia na íntegra). Dom Pedro conduziu a oração inicial, destacando a contribuição do tribunal para a evangelização e a vida pastoral, especialmente nas causas de nulidade matrimonial que visam a liberação sacramental dos fiéis.
Dom Pedro ressaltou também a importância de se fazer a justiça sem dissociar o Direito Canônico do Evangelho. E ainda “justiça retardada é justiça negada” pois, muitas vezes a lentidão no processo judicial dos Tribunais Canônicos se compara à dos Tribunais Civis. Por isso as modificações introduzidas pelo Papa Francisco para agilizar os processos judiciais.
Padre Dr. Jean Rafael enfatizou a mensagem do Papa Francisco, o diálogo entre os presentes focou no apelo do Papa por uma abordagem humilde e contemplativa nos casos de nulidade matrimonial, ressaltando a importância do discernimento e da oração no processo judicial eclesiástico. O Papa Francisco foi categórico ao afirmar que a humildade é essencial para o julgamento, sugerindo que “um juiz que não sabe se ajoelhar é melhor que peça demissão”, enfatizando a necessidade de uma reflexão profunda e cuidadosa na avaliação dos casos matrimoniais para determinar a validade dos sacramentos.