Na noite iluminada por velas e corações aquecidos pela fé, a Sexta-feira Santa uniu fiéis na Procissão do Senhor Morto, o ponto de partida foi a Comunidade São Francisco, localizada no coração da Vila Sabesp, marcando o início de um trajeto simbólico e profundamente espiritual.
A procissão começou com Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano, unindo-se ao diácono Gilberto Cavignato, ao Padre Camilo Gonçalves de Lima, e as Comunidades São Francisco, Santa Rita de Cássia, e São João Batista, todas pertencentes à Paróquia Imaculada Conceição Aparecida, da Região Pastoral São Bernardo Centro.
À medida que a procissão avançava, atravessando as ruas estreitas da Vila Sabesp, percorrendo a Comunidade Santa Rita de Cássia, na Vila dos Estudantes, e finalmente alcançando o bairro do Areião, os participantes mergulharam na meditação das Sete Palavras de Jesus na Cruz.
Os cantos e orações, entoados ao longo do caminho, ressoavam não apenas entre os participantes da procissão, mas também no coração de cada morador que olhava pela janela.
Dom Pedro, na chegada a comunidade São João Batista, trouxe sobre a morte de Jesus, questionando o motivo de sua crucificação e se valeu a pena e destacou que Jesus, mesmo possuindo poder divino, escolheu o caminho do amor, que não age com violência.
O bispo comparou o sacrifício de Jesus ao amor incondicional dos pais por seus filhos, mesmo quando estes seguem caminhos errados, e ressaltou que o amor de Jesus, manifestado em sua morte, não é inútil, pois é através de pequenos gestos de solidariedade e compaixão que o Reino de Deus cresce entre nós.
Segundo Dom Pedro, a morte de Cristo plantou sementes de esperança e redenção, demonstrando que o amor transcende a morte e que a fé nos confere a herança da vida eterna. A ressurreição simboliza que a última palavra sempre será da vida.
Ao concluir, expressou gratidão ao diácono Gilberto e compartilhou sua alegria por compartilhar esse momento com os membros das comunidades durante a procissão.