A Catedral Nossa Senhora do Carmo acolheu, em 5 de março, a celebração da Quarta-feira de Cinzas e a abertura diocesana da Campanha da Fraternidade 2025. A Missa foi presidida por Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano, concelebrada pelo Padre Joel Nery (vigário geral e pároco) e Padre Willian Maia (vigário paroquial). O diácono permanente Marcelo Cavinato, assessor eclesiástico da CF, também esteve presente, junto da comissão responsável pela condução dos trabalhos. Nesta celebração, que marca o início da Quaresma, o rito das cinzas recordou a todos a condição frágil do ser humano e o apelo à conversão.
A Campanha da Fraternidade de 2025 aborda o tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom”. O texto base destaca que “o planeta pode viver sem nós, mas nós não conseguiremos viver sem o planeta”, convidando os católicos a refletir sobre a importância de proteger a Casa Comum. Nesse sentido, a Quaresma se torna também um tempo de cuidado e responsabilidade, já que o cuidado com a criação manifesta o amor ao Criador.
Em sua homilia, Dom Pedro fez uma ampla reflexão sobre o sentido do tempo quaresmal. Em seu primeiro momento, o bispo chamou a atenção para a graça que Deus oferece a cada pessoa neste período:
“Com o sinal penitencial das cinzas sobre as nossas cabeças, iniciamos na fé e na esperança a peregrinação anual da Santa Quaresma. A Igreja convida-nos a preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus, para podermos celebrar com alegria o triunfo pascal de Cristo. O Senhor venceu o pecado e a morte: ‘A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?’ (1Cor 15, 54-55). A Quaresma é um tempo de preparação para celebrar a Páscoa. Nela Deus nos espera com sua ternura e misericórdia para nos acolher e perdoar.”
No segundo ponto, ele destacou a urgência de buscar a conversão, comparando-a a um verdadeiro milagre na vida dos cristãos:
“Converter-se é como melhorar subitamente de uma doença crônica, é um milagre que somente Deus pode realizar mediante nosso desejo. Devemos implorar a conversão através do jejum, oração e esmola. O Santo Padre, o Papa Francisco, em sua mensagem para a Quaresma deste ano, assinala três apelos da Palavra de Deus, para serem vividos na simplicidade e na penitência.”
Por fim, o bispo voltou-se à importância de unir essa conversão à fraternidade e ao cuidado com a obra criada por Deus:
“Caminhar juntos, ser sinodal, é esta a vocação da Igreja. Os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários. Façamos este caminho juntos na esperança de uma promessa. Jesus, pela sua ressurreição, transformou a morte em vitória e aqui reside a fé e a grande esperança dos cristãos: a ressurreição de Cristo!”
Logo após a homilia, as cinzas foram impostas na testa de cada fiel, despertando ainda mais a consciência de que a mudança pessoal se reflete na mudança coletiva. Ao final da celebração, Dom Pedro apresentou os seminaristas das três casas de formação, compartilhando a alegria pelas novas vocações.
Em seguida, o diácono Marcelo Cavinato dirigiu-se à comunidade, reafirmando a necessidade de vivenciar a conversão ecológica em todos os ambientes: “Nós não somos uma criação à parte, fomos criados juntos com tudo isso, com toda essa bela criação de Deus”, lembrou, reforçando que o cuidado responsável com a natureza é também expressão de amor ao Criador.
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